Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, presidiu este sábado à cerimónia.
O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos (Santa Sé) presidiu, este sábado na Albânia, à beatificação de 38 sacerdotes e leigos católicos torturados e executados durante a ditadura comunista naquele país.
De acordo com a Rádio Vaticano, o cardeal Angelo Amato deslocou-se à Arquidiocese de Scutari como emissário do Papa Francisco para a cerimónia que consagrou como novos beatos da Igreja Católica “dois bispos, 21 sacerdotes diocesanos, 7 franciscanos, 3 jesuítas, um seminarista e quatro leigos”.
O arcebispo de Scutari sublinha que estes “mártires foram presos e acusados injustamente de serem inimigos do povo, sabotadores do regime e espiões do Vaticano”.
“Havia este clima de terror que realmente desumanizou parte do povo albanês. E muitos foram assassinados, não apenas ligados à Igreja Católica, mas também muitos outros”, recordou.
Os futuros beatos foram martirizados entre 1945 e 1974, num período em que a ditadura comunista na Albânia considerava rezar e ter fé um crime punível por lei.
A Catedral de Shkodër, onde vai decorrer a cerimónia de beatificação, chegou a ser utilizada como complexo desportivo.
Foi também o local onde mais tarde decorreu a primeira missa após a queda do regime comunista, a partir de 1990.
G.I./Ecclesia:JCP