Bispo das Forças Armadas e de Segurança coloca a hipótese de novos direitos a adquirir.
O bispo das Forças Armadas e de Segurança considerou, esta manhã, em Lisboa, que os direitos humanos, no sentido da atuação, são uma “conquista por fazer” e falta também uma “especificação” destes.
No dia em que se comemora o Dia Mundial dos Direitos Humanos (10 dezembro), instituído pelas Nações Unidas, D. Manuel Linda disse à Agência ECCLESIA que quando a declaração surgiu, em 1948, foi “absolutamente espantoso” devido às contingências da época.
A declaração dos Direitos Humanos deve-se “muito à esposa de presidente dos Estados Unidos da América”, Franklin Delano Roosevelt, mas passados estes anos “já se podiam dar passos mais avançados”, disse.
O que existe “não deve ser deitado fora”, mas “deve ser mais avançado” porque os direitos humanos “não são uma espécie de moldura” para que as pessoas se encaixem lá dentro.
A questão dos direitos humanos “está sempre em aberto” e “é possível mais abertura do que aquela que está a acontecer”, frisou D. Manuel Linda.
As atuais circunstâncias levam à redefinição da declaração e, apesar de ser “um problema académico”, porventura com “novos direitos a adquirir”, disse o bispo das bispo das Forças Armadas e de Segurança.
A questão dos direitos humanos não está apenas fora das fronteiras, mas muitas vezes perto de casa.
“Nós somos muito aptos a analisar o que sestá longe, até porque depois a realidade não nos compromete, e descuramos aquilo que é a proximidade”, sublinhou o bispo.
G.I./Ecclesia:PR/LFS