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Plataforma portuguesa convida instituições católicas a duplicar acolhimento.

A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) lançou uma nova campanha em que apela às instituições, paróquias e congregações religiosas da Igreja Católica a duplicar o acolhimento de refugiados em Portugal, passando para cerca de 1400 até maio 2017.

“Há famílias nos campos de refugiados na Grécia à espera de virem para Portugal e ainda não temos todas as condições de alojamento que precisamos para acolher essas famílias”, disse o coordenador da PAR à Agência ECCLESIA.

Rui Marques recorda que há um ano a plataforma tinha instituições prontas e não havia famílias “porque o processo burocrático estava muito atrasado”; agora, a situação é inversa.

“Queremos oferecer ao Papa Francisco a duplicação da nossa capacidade de acolhimento. Queremos passar das 104 instituições para as 200 e das cerca de 700 pessoas para as 1400”, explicou.

O responsável afirma que o balanço do acolhimento de refugiados nas instituições PAR “é extraordinariamente positivo”, mas existe a “consciência” de que se pode “ir muito além”.

“Há muita margem para outras paróquias, movimentos de leigos, outras congregações religiosas possam dar resposta positiva ao pedido do Papa Francisco”, explica o responsável.

“O apelo é arregaçar novamente as mangas. Nas comunidades, nas paróquias há alguns receios. Temos um testemunho bonito de paróquias que trabalharam nesse sentido para desfazer estes receios”, afirmou, por sua vez, a diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações.

Eugénia Quaresma disse à Agência ECCLESIA que “é importante” fazer debates, sessões de esclarecimento e ouvir o testemunho de outras paróquias, uma vez que, “tudo ajuda à nova mobilização”.

“Com humanidade, temos de treinar o olhar, a capacidade de escuta, a nossa paciência, a capacidade de aprender línguas”, disse ainda a responsável, sobre um acolhimento que “também desafia ao diálogo inter-religioso”.

O modelo do ‘PAR – Famílias’ é, segundo Rui Marques, o que o pontífice argentino pediu em setembro de 2015, na Praça de São Pedro, ou seja, uma “resposta de acolhimento a uma família de refugiados durante dois anos”.

As instituições apoiam não só os refugiados com habitação autónoma mas também na aprendizagem do português, a integração dos adultos no mercado de trabalho, das crianças na escola e “toda a família no sistema de saúde”.

O coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados referiu que os níveis de integração têm sido diferentes consoante o tempo, “a realidade de cada família, o processo de acolhimento”, e adianta que algumas “se autonomizaram mais cedo”.

“A generalidade tem dado passos muito importantes no sentido da integração”, acrescenta Rui Marques, reforçando que a comunidade prepara a casa e “as condições para acolher essa família” que quando chega “é uma festa”.

“Em tempo de Advento percebemos bem a ideia de nos prepararmos para o acolhimento”, desenvolveu.

Já o secretário da Comissão Episcopal Pastoral Social e Mobilidade Humana, da Conferência Episcopal Portuguesa, sublinhou que “é uma nova oportunidade” de acolher refugiados e sem o tempo de espera que houve no ano passado.

O padre José Manuel Pereira de Almeida partilhou a experiência da Paróquia de Santa Isabel, em Lisboa, que acolheu Terez, Jina e Jizel Aboud Al Aashi, avó, mãe e neta, respetivamente, que se tornaram refugiadas devido à guerra na Síria e começaram uma vida nova em Portugal, no último mês de setembro.

G.I./Ecclesia:PR/CB/OC

CategoryIgreja, Pastoral

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