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Mais de três mil pessoas assinaram petição que foi enviada ao Governo e ao Parlamento.

O presidente da Comunidade Vida e Paz (CVP) adiantou que “mais de três mil” pessoas pediram ao Governo uma “estratégia nacional” para que não se fale das pessoas que estão sem-abrigo só no Natal ou quando “está muito frio”.

“O que nos preocupa fundamentalmente é ausência de estratégia, medidas concretas que venham resolver problema”, disse Henrique Joaquim, elucidando que a conclusão da estratégia anterior [2009-2015] é que “mais de 80% não foi realizada”.

À Agência ECCLESIA, o responsável destacou outras iniciativas que se tornam urgentes realizar e “um dos principais desafios da atualidade” é a atenção muito concreta à situação da saúde mental “no diagnóstico na rua, no acompanhamento, na inserção social”.

Segundo o presidente da CVP é preciso também a aposta, que estava na primeira estratégia, em “sistema de informação partilhada” que permitam centrar “a intervenção nas pessoas” e uma intervenção integrada, que são ferramentas fundamentais para “melhorar o trabalho que já se faz e os resultados que já se tem”.

“Há outras mais complexas, como apoio ao emprego, apoio à habitação, medida urgente também para evitar que recorrentemente estejamos a falar de planos de contingência, apoio no frio”, desenvolveu, observando que “há situações que poderiam ser evitadas”.

Da última Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em situação de Sem-Abrigo, que esteve em vigor entre 2009 e 2015, Henrique Joaquim explica que falta o Governo concluir a sua avaliação, mesmo tendo uma resolução da Assembleia da República, “aprovada por unanimidade”.

Neste contexto, adianta que a CVP já participou e dinamizou um processo de avaliação com todos os parceiros da ser possível que “até 2020 não haja ninguém na rua por falta de condições” uma vez que Portugal tem “muitos bons exemplos” que mediante um objetivo comum consegue-se “rede Lisboa para “ajudar nesse processo”.

A instituição católica acredita congregar mais os esforços e ser eficazes”.

“Fazendo trabalho reflexivo do que foi feito mas vendo o potencial do ponto de vista institucional e da sociedade civil em geral acreditamos que é possível esse objetivo, precisamos nos envolver todos”, desenvolve.

A CVP enviou “em consciência e de forma responsável” a petição ‘Pela Dignidade Humana das Pessoas em situação de sem-abrigo’ para o Governo e Assembleia da República, na segunda-feira.

“Três mil pessoas concordarem com o desafio que lançamos e a necessidade que identificamos é uma consistência muito grande. O balanço é positivo pelo número de pessoas, que significa que estão atentas, quer pela força que dão”, analisou Henrique Joaquim.

O presidente da instituição de solidariedade do Patriarcado de Lisboa assinala que as situações das pessoas que estão sem-abrigo não pode ser recordadas apenas no Natal, “porque é o tempo da solidariedade, ou janeiro e fevereiro porque está muito frio”.

A petição pública foi lançada no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, a 17 de outubro, e simbolicamente enviada aos responsáveis políticos três meses depois quando por “coincidência ou talvez não” agilizam-se planos de contingência de proteção contra o frio.

“Isso só não chega, é atuar na crise, é preciso atuar para lá crise, senão o frio vai embora e parece que as pessoas sem-abrigo tornam-se outra vez transparentes ou invisíveis”, alerta o presidente da Comunidade Vida e Paz, Henrique Joaquim.

G.I./Ecclesia:CB/OC

CategoryIgreja, Pastoral

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