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Equipamento integra projeto para retirar peregrinos de Fátima das estradas nacionais.

As antigas instalações da Cruz Vermelha Portuguesa, em Canas de Santa Maria, concelho de Tondela, deverão estar prontas em Abril para receber peregrinos de Fátima. As instalações que estão a sofrer obras de melhoramento fazem parte de uma campanha da Associação de Amigos dos Caminhos de Fátima, lançada para angariar fundos destinados a equipar três albergues de peregrinos, entre eles o de Canas de Santa Maria. A Associação necessita de 7.500 euros (2.500 para cada equipamento) para equipar cada albergue com condições mínimas para os peregrinos pernoitarem e repararem as suas forças. Enquanto isso os trabalhos vão avançando.

Esta intenção de recuperar antigos edifícios que já estiveram ligados ao apoio social para transformar em albergue para peregrinos integra-se num projeto alargado de retirar os peregrinos de Fátima das estradas nacionais, entroncando-os em caminhos alternativos e assim resolver o problema da segurança e da sinalização dos caminhos que levam a Fátima.

O presidente da Junta de Freguesia de Canas de Santa Maria, João Figueiredo – também ele peregrino autor do projeto [enquanto deputado] que levou à criação do Dia do Peregrino, 13 de outubro – tem estado a colaborar com a Associação de Amigos dos Caminhos de Fátima nesse objetivo de melhorar a segurança dos peregrinos e explica que a preocupação se centra no cuidado com os peregrinos que caminham entre Chaves – Vila Real – Viseu. Depois, no distrito de Viseu “a ideia é encontrar alternativas seguras ao IP3 e mesmo à estrada do Buçaco”.

Paralelamente à questão dos caminhos surge a necessidade de novos equipamentos de apoio. “Este [Canas de Santa Maria] parece nascido do nada, mas é o primeiro equipamento de forma a dar seguimento ao projeto dos caminhos alternativos em que se está a trabalhar”, refere João Figueiredo, lembrando que entre Viseu e Santa Comba Dão o objetivo é sensibilizar os peregrinos de Fátima para utilizarem a Ecopista do Dão “e o futuro albergue de Canas de Santa Maria fica ao lado da Ecopista”.

A esta questão, o projeto de apoio aos peregrinos de Fátima acrescenta o objetivo de alterar a mentalidade do peregrino de Fátima. “A ideia é ir pelos caminhos das aldeias levando-os a peregrinar como um peregrino dos Caminhos de Santiago, ou seja, ir o mais devagar possível. Hoje o peregrino de Fátima quer ir o mais rápido possível para chegar em menos tempo, quando peregrinar não é propriamente estabelecer um record mas caminhar, encontrando-se consigo próprio”, elucida João Figueiredo.

Também neste ponto os promotores da criação do albergue de Canas de Santa Maria justificam a sua existência. A média que um peregrino deve fazer por dia são 25 quilómetros a caminhar, portanto “de Viseu a Canas é um dia de caminho, podendo pernoitar no albergue depois de fazer meia ecopista” e, no dia seguinte, completar os restantes 25 quilómetros de ecopista até Santa Comba Dão em mais um dia de peregrinação.

Para o presidente da junta, a criação de um albergue para peregrinos na antiga Cruz Vermelha permite ainda “fazer regressar as instalações às suas funções humanistas que sempre tiveram”.

G.I./J.B.:EA

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