Papa Francisco deixa palavra de solidariedade a quem tem de sair da sua terra.
O Papa Francisco recordou, neste Domingo de Páscoa, na sua mensagem pascal, as vítimas das “escravidões”, da violência e das migrações forçadas, deixando uma mensagem de esperança a todos os que são “oprimidos” pelo mal.
“Cuida de quantos são vítimas de escravidões antigas e novas: trabalhos desumanos, tráficos ilícitos, exploração e discriminação, dependências graves”, disse Francisco, antes de conceder a bênção ‘urbi et orbi’ [à cidade (de Roma) e ao mundo].
“Cuida das crianças e adolescentes que se veem privados da sua vida despreocupada para ser explorados; e de quem tem o coração ferido pela violência que sofre dentro das paredes da própria casa”, acrescentou, numa recordação das vítimas de violência doméstica.
A intervenção, desde a varanda central da Basílica de São Pedro, pediu “respeito e ternura” para quem vive nos “labirintos da solidão e da marginalização”, antes de lembrar os migrantes e refugiados.
“O Pastor ressuscitado faz-se companheiro de viagem das pessoas que são forçadas a deixar a sua terra por causa de conflitos armados, ataques terroristas, carestias, regimes opressores. A estes migrantes forçados, Ele faz encontrar, sob cada canto do céu, irmãos que compartilham o pão e a esperança no caminho comum”, declarou.
A mensagem começou por repetir o “anúncio maravilhoso” da ressurreição de Jesus, que abriu a “passagem para a vida eterna”.
“Todos nós, quando nos deixamos dominar pelo pecado, perdemos o caminho certo e vagamos como ovelhas perdidas. Mas o próprio Deus, o nosso Pastor, veio procurar-nos e, para nos salvar, abaixou-se até à humilhação da cruz”, sustentou.
Já após a bênção, Francisco deixou votos de Boa Páscoa a todos os presentes e a quem o acompanhou através dos vários meios de comunicação, numa cerimónia transmita por cerca de 160 estações televisivas de vários países, incluindo Portugal.
“Que o anúncio pascal de Cristo Ressuscitado possa reavivar as esperanças das vossas famílias e das vossas comunidades, em particular das novas gerações, que são o futuro da Igreja e da humanidade”, desejou.
“Que possais sentir em cada dia a presença do Senhor Ressuscitado e partilhar com os outros a alegria e a esperança que Ele nos dá. Por favor, não vos esqueçais de rezar por mim. Boa Festa e até à próxima!, concluiu.
A Páscoa assinala a ressurreição de Jesus e é a festa mais importante do calendário litúrgico da Igreja Católica.
G.I./Ecclesia:OC