Papa Francisco sublinha centralidade da Ressurreição de Jesus.
O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que o Cristianismo é mais do que uma ideologia ou sistema filosófico, porque se baseia na Ressurreição de Jesus, celebrada na Páscoa, mostrando que a morte não tem a “última palavra”.
“Se tudo tivesse acabado com a morte de Jesus, apenas teríamos nele um exemplo de entrega e generosidade, mas não seria suficiente para gerar a nossa fé, porque a fé nasce na manhã da Páscoa”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a audiência pública semanal.
Francisco apresentou o Cristianismo como um “caminho de fé” que parte do testemunho dos primeiros discípulos de Jesus a respeito da sua Ressurreição.
“[Jesus] morreu, mas ressuscitou, porque a fé nasce da ressurreição. Aceitar que cristo morreu e morreu crucificado não é um ato de fé, é um facto histórico. Acreditar que ressuscitou, sim”, precisou.
“O Cristianismo é graça, é surpresa, e por isso pressupõe um coração capaz do espanto. Um coração fechado, racionalista, é incapaz do espanto e não pode entender o que é o Cristianismo, porque o Cristianismo é graça e esta só se compreende, mais, só se encontra no espanto do encontro”, acrescentou.
O Papa observou que o Cristianismo é a “busca de Deus” por cada pessoa e não o contrário, porque só “Deus é capaz de fazer ressurgir” todos, a partir dos seus sepulcros particulares, com “felicidade, vida”.
“Deus faz crescer as suas flores mais belas no meio das pedras mais áridas”, sustentou.
Francisco convidou os católicos a dar testemunho desta fé na vida em Jesus, com o seu sorriso e dedicação ao próximo.
“Jesus está aqui, na Praça, connosco, vivo e ressuscitado”, exclamou.
Na parte final da audiência geral, o Papa saudou os peregrinos de língua portuguesa, particularmente os grupos vindos de Portugal e do Brasil.
“Queridos amigos, deixai-vos iluminar e transformar pela força da Ressurreição de Cristo, para que as vossas existências se convertam num testemunho da vida que é mais forte do que o pecado e a morte. Feliz Páscoa para todos!”, desejou.
No início da audiência, Francisco voltou a dar “boleia” a três crianças no papamóvel.
G.I./Ecclesia:OC