Bispo da Diocese e Superior Geral Tesfaye Tadesse juntos nas comemorações dos 70 anos.
No ano em que está a celebrar 70 anos, a Congregação dos Missionários Combonianos de Viseu vai receber a Medalha Municipal de Mérito atribuída pela Câmara Municipal de Viseu. A novidade foi deixada no passado domingo, 30 de abril, pelo presidente da autarquia, Almeida Henriques, no final da eucaristia que marcou o ponto alto das comemorações.
Almeida Henriques referiu que vai levar a proposta à próxima reunião do executivo camarário para que no dia da cidade, 21 de Setembro, Dia de S. Mateus, os Missionários Combonianos possam receber o galardão. “Entendemos que em determinadas ocasiões não bastam as palavras para espelharem o agradecimento de gratidão. Com essa atribuição queremos agraciar não só estes 70 anos, mas todos aqueles que, sendo de Viseu, se dedicaram a esta causa”, afirmou o autarca, anunciando a atribuição da medalha como “o reconhecimento destes 70 anos de dedicação à comunidade local” e do “percurso que têm feito” pelo mundo a partir de Viseu, que “dedicando-se à causa da fé também o fazem em missões humanitárias”.
Os Missionários Combonianos chegaram a Portugal em 1947 e a sua primeira comunidade portuguesa foi criada em Viseu. Giovanni Cotta foi o primeiro missionário italiano a chegar. Seguiram-se outros discípulos de Daniel Comboni e assim cresceu a comunidade que hoje continua instalada na quinta do Seminário das Missões, no Viso, já não como seminário mas com outra missão: Centro de Apoio aos Missionários Idosos e Enfermos.
O programa comemorativo dos 70 anos da presença da Congregação em Viseu começou na quinta-feira, 27 de abril, mas o ponto alto aconteceu no domingo, com a Eucaristia presidida pelo Bispo da Diocese, D. Ilídio Leandro e com a presença do Superior Geral dos Combonianos, o Padre etíope Tesfaye Tadesse. Com a Igreja do Seminário das Missões repleta de fiéis e as entidades civis na primeira fila, o Bispo da Diocese reconheceu na homilia que os Missionários Combonianos vieram “abrir horizontes de missão e de evangelização”. “Esta casa, até há pouco tempo seminário, tem sido sempre de formação e de evangelização missionária […] agradeço o sentido e o destino encontrado para a mudança”, acrescentou o Bispo da Diocese.
D. Ilídio reforçou o que tem vindo a destacar neste tempo de Páscoa, que “Jesus ressuscitado é essencial à nossa história e à história do mundo”, desejando que Daniel Comboni (fundador da Congregação dos Combonianos) continue a despertar para o sentido vocacional da missão”, porque “ser missionário é ser testemunha da ressurreição, justiça, paz e verdade para todos”.
O Superior Geral dos Missionários Combonianos considerou que o aniversário foi “um dia particular de ação de graças”. Num discurso dominado por agradecimentos a quem se dedicou à causa missionária por todo o mundo, o Padre Tesfaye Tadesse lembrou que “destes 70 anos fazem parte outras histórias, em outros países e continentes, onde outros padres portugueses deram vida à sua missão”.
O responsável citou um por um os 14 Combonianos portugueses já falecidos e que sublinhou foram “o fermente de uma fé missionária na sociedade”, reconhecendo que “a celebração dos 70 anos [da Congregação dos Combonianos em Viseu] incentiva a novas ações missionárias” com “perseverança e abnegação”. EA