Obra do padre Manuel Augusto retrata os 70 anos desta congregação em Portugal.
O autor do livro «Missionários Combonianos em Portugal: Uma história singular» disse à Agência ECCLESIA que a obra é um “regresso às origens” onde se conhece “melhor as pessoas” e se descobre a “visão missionária” iniciada há 70 anos.
O livro foi apresentado, esta quinta-feira, por Fernando Paulo Baptista, da Academia das Ciências, e insere-se nas comemorações dos 70 anos da chegada dos Missionários Combonianos a Portugal, realça uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
Fundados por Daniel Comboni em 1867, os missionários combonianos chegaram a Viseu em Outubro de 1947 e a obra agora lançada é o resultado “de mais de um ano de investigações e de escrita”.
Os missionários Combonianos ao tomarem a decisão de ir para Moçambique, em 1946, ficaram “com a responsabilidade de abrir um seminário em Portugal para formarem missionários portugueses” e essa era “uma condição que a concordata impunha”, referiu o autor.
O padre Manuel Augusto considera que a história é singular porque os Missionários Combonianos “vieram e trouxeram uma lufada de ar fresco em termos de visão missionária”, frisou.
Os discípulos de Daniel Comboni foram bem aceites pelo “povo das beiras”, mas em “relação ao regime começaram a ser olhados com suspeita”, afirmou.
Essa suspeita deve-se ao” posicionamento” que estes missionários tinham “ao olhar para África” porque “não estavam condicionados pela visão que o Estado Novo tinha e promovia”, observou o padre Manuel Augusto.
Os missionários Combonianos sempre pretenderam fazer uma “evangelização integradora”, acentuou o autor da obra «Missionários Combonianos em Portugal: Uma história singular».
LFS