Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Pedro Ferreira acolhe turistas e peregrinos de todos os continentes para uma festa que termina com um “arraial solidário”, no sábado.

Alessandro um turista italiano em Lisboa e quis visitar a Igreja de Santo António, onde cumpria a tradição de atirar moedas, esforçando-se que caí­ssem no regaço do santo para assim “encontrar a companheira para vida”.

O peregrino italiano estava acompanhado da sua mulher e, tanto um como o outro, cumpriam uma tradição sem conhecer o seu significado, porque tinham diante de si o santo “mais importante na Itália depois de S. Francisco”.

“Santo António é o protetor, o patrono da Itália onde é muito famoso. É importante para os italianos e eu gosto de visitar as suas igrejas, são muito belas”, disse Alessandro à  Agência ECCLESIA, durante a sua visita de quatro dias a Portugal.

“É o santo mais importante na Itália depois de S. Francisco. Tem muitas festas em Pádua, que é uma cidade perto do local onde habito, é também um dos nomes mais populares em Itália e há muita gente com devoção a este santo”, acrescentou, desconhecendo, no entanto, que António de Pádua, afinal, nascera em Lisboa.

“Não, não sabia…  Para mim era de Pádua como vejo escrito em todo o lado, em Itália. Pensava que tinha sido uma criança como as outras em Itália não sabia que tinha nascido cá, é muito interessante, muito interessante, não sabia”, refere Alessandro.

Nascido no final do século XII, Fernando, que viria a assumir o nome de António, foi recebido entre os Cónegos Regulares de S. Agostinho em Lisboa e Coimbra, mas pouco depois da sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores franciscanos, com a intenção de se dedicar à  propagação da fé entre os povos da África.

A igreja de Santo António, em Lisboa, foi construí­da no lugar onde o santo nasceu e é hoje visitada por uma multidão diária onde não é fácil distinguir entre o turista ou o peregrino.

Pedro Ferreira tem a missão de acolher os que chegam e, por estes dias, apresenta-lhes o pequeno “Pão de Santo António”, tradição que garante o pão de cada dia na casa de quem o guarda em casa, durante um ano, sem que nunca se estrague.

“Eu tenho um há 25 anos que ainda foi benzido pelo Cardeal António Ribeiro”, garante Pedro Ferreira enquanto apresenta esta tradição a quem chega e que neste dia 13 de junho vai ser distribuí­do a 60 mil pessoas.

Pedro Ferreira conduz também os peregrinos até à  maior relíquia do Santo fora de Pádua, um “osso do braço esquerdo”.

“Todos se querem aproximar desta relí­quia que nós temos sempre a amabilidade de tirar do altar e dar a beijar aos peregrinos”, referiu.

Para além de casamenteiro ou dos dotes para encontrar objetos perdidos, Santo António é “o grande doutor da Igreja e um santo que leva ao mundo uma palavra profunda e de amor e de paz, de Deus”, lembra o colaborador da Igreja de Santo António.

As festas em honra de Santo António, no dia 13 de junho, nomeadamente a missa às 12h00 e a procissão às 17h00, são presididas pelo bispo auxiliar de Lisboa D. Nuno Brás, em representação do cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, enviado do Papa Francisco ao I Congresso Eucarí­stico Nacional de Angola, e foram preparadas por uma trezena, entre os dias 1 e 12 de junho.

As festas em honra de Santo António terminam no sábado, dia 17, com um “arraial solidário” onde as sardinhas tí­picas desta quadra são oferecidas a todos os participantes.

G.I./Ecclesia:HM/PR

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