No passado mês de maio, durante uma tarde de domingo, um grupito de “ladrõezecos” atrevidos roubou o jipe do Sr. Padre Zé, estacionado junto do Quartel da Paz. Foi aparecer numa mata, todo espatifado e sem nada que ainda pudesse ser aproveitado.
E agora? O conserto era de um preço elevadíssimo e era necessário esperar meses até se arranjarem as peças necessárias.
Aquele homem, que sempre se deu totalmente à Paróquia, não podia andar a pé…
Alguém teve a iniciativa de reunir os representantes dos Movimentos Paroquiais, em busca de uma solução. E ela surgiu: aquisição de um carro novo para lhe oferecer no aniversário que estava próximo! Seguindo o seu exemplo, cada um conforme a sua competência foi-se movimentando e…paroquianos e amigos “atiraram-se de cabeça”: Um carro novo foi comprado, mesmo sem haver ainda dinheiro suficiente.
No passado dia nove, às 21h30m, o terraço do Centro Social começou a encher-se, desde crianças a idosos, aguardando ansiosamente, a chegada do aniversariante. E houve um “grupo de cantares” com canções populares antigas, fados, uma brevíssima biografia da sua ação como sacerdote, ilustrada depois com um filme sobre algumas das suas muitas e variadas atividades, quer com jovens, quer com adultos… Cantaram-se os parabéns pelos seus 79 anos e não faltou o bolo de aniversário e o habitual “apagar das velas”. A finalizar, D. Donzília, viúva do Chefe Oliveira, (como ele foi sempre tratado em vida), seu grande amigo da 1ª hora, ofereceu-lhe uma caixinha com a chave do carro novo. Como ele é homem de muita ação e poucas palavras, um tanto comovido, mas contente, apenas disse: “Os ladrões pregaram-me uma partida má e os Amigos pregaram-me uma partida boa!”
Agora, é preciso que ele se habitue a conduzi-lo (não é o seu jipe!) e pensar em iniciativas para angariar o dinheiro que falta. Como dizia o envelope para entrega dos donativos, “vamos ajudar quem sempre nos ajudou” (migalha a migalha se faz pão).
Que Deus o guarde e lhe dê saúde para que, esquecendo as marcas que a idade vai deixando, continue a obra que começou na paróquia e que…nunca vai acabar…
G.I./J.B.