Arcebispos de Braga e Évora despedem-se de um «amigo». D. Ilídio recorda o “bispo muito querido, nas dioceses por onde foi passando”.
“Surpreendido com a morte com que ninguém contava”, D. Ilídio manifestou a sua “tristeza pela partida” de D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto, referindo que se trata de um “bispo muito querido nas dioceses por onde foi passando e na Conferência Episcopal, onde assumiu diferentes cargos, sendo actualmente responsável pelo sector da Pastoral Social”.
O arcebispo de Braga lamentou a morte de D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto, que evocou como um “amigo”.
“A morte de D. António Francisco dos Santos veio aumentar a saudade que a Arquidiocese sempre sentiu por ele”, referiu D. Jorge Ortiga, em declarações ao Departamento de Comunicação, manifestando o sentimento de gratidão que a Arquidiocese de Braga mantém pelo ministério do falecido bispo, enquanto bispo auxiliar.
Antes, o arcebispo de Braga tinha recorrido à conta na rede social Twitter para reagir à notícia do bispo do Porto, falecido aos 69 anos, na Casa Episcopal da diocese: “D. António, meu caro amigo, descansa em paz. Quase não acredito…”.
D. José Alves, arcebispo de Évora, sublinhou, por sua vez, que se trata de uma “grande perda”, homenageando “um amigo de longa data”.
“Foi um choque profundo para todos nós, porque era um bispo ainda muito jovem e com uma atividade pastoral muito dinâmica, era um homem muito querido”, refere, em declarações enviadas à Agência ECCLESIA pelo departamento de comunicação da arquidiocese alentejana.
D. José Cordeiro, bispo da Diocese de Bragança-Miranda, que se encontra em Fátima na reunião mensal da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade, mostrou-se chocado com a notícia e reagiu através da sua página no facebook.
“É um choque grande. Na fé entregamos o nosso irmão. Que o Senhor o acolha na luz e na paz. Ele mesmo, com a Diocese do Porto, esteve aqui (em Fátima) no sábado passado em Peregrinação diocesana. Que a Senhora de Fátima o abrace”, escreveu.
Nos Açores, a Diocese de Angra lamenta o falecimento de um bispo “a quem estava particularmente unida”.
O atual bispo de Angra, D. João Lavrador foi bispo auxiliar de D. António Francisco dos Santos , com quem trabalhou diretamente.
D. António Carrilho, bispo do Funchal, publicou uma nota na qual mostra “surpresa e grande tristeza” com esta notícia.
“Manifesto a minha solidariedade aos seus familiares e a todo o povo de Deus da Diocese do Porto, que tive o gosto de servir, como Bispo Auxiliar, ao longo de oito anos, e à qual me sinto profundamente unido”, assinala, em mensagem enviada à Agência ECCLESIA.
O padre José Rafael Espírito Santo, vigário-regional do Opus Dei em Portugal, evoca uma personalidade marcada pela “simpatia e afabilidade” que era capaz de oferecer “um olhar cheio de fé serena e de optimismo realista sobre a Igreja e sobre as pessoas”.
“Poucas horas depois da partida de D. António para junto de Deus, estamos ainda tomados pela perplexidade e pela tristeza, fazendo um esforço por aceitar a vontade de Deus, mesmo sem a perceber”, assinala, numa nota divulgada pela página da prelatura.
D. António Francisco dos Santos foi nomeado bispo do Porto em fevereiro de 2014, sucedendo a D. Manuel Clemente, e tomou posse a 5 de abril do mesmo ano.
O falecido bispo era natural de Tendais, no Concelho de Cinfães (Diocese de Lamego) e foi ordenado padre em dezembro de 1972.
João Paulo II nomeou-o auxiliar de Braga, a 21 de dezembro de 2004, tendo sido ordenado bispo em março de 2005, na Sé de Lamego; Bento XVI escolheu-o como bispo da Diocese de Aveiro, em setembro de 2006 e tomou posse a 8 de dezembro do mesmo ano.
G.I./Ecclesia:OC