Visita a Bolonha marcada por gestos simbólicos.
O Papa Francisco presidiu hoje em Bolonha, Itália, a um “almoço de solidariedade” para pobres, refugiados e presos, na Basílica de São Petrónio, após ter recordado esta manhã o drama do desemprego.
Antes da refeição, o Papa saudou os cerca de mil participantes no almoço, afirmando que a Igreja quer os mais pobres “no centro”.
“Jesus não descarta ninguém, não despreza”, acrescentou.
Os participantes recebem, como presente do Papa, um exemplar dos Evangelhos, como “selo pessoal de amizade com Deus”.
Francisco refletiu depois sobre a oração do Pai-Nosso, na qual se reza pelo “pão nosso de cada dia”, que implica a superação de “qualquer forma de egoísmo”.
“Jesus exprime e recolhe a voz de quem sofre pela precariedade da existência e pela falta do necessário”, explicou.
Antes deste almoço, o Papa tinha-se encontrado com empresários, sindicalistas, membros de cooperativas e pessoas desempregadas, na Praça Maior de Bolonha.
Francisco falou da falta de trabalho como uma “situação difícil, por vezes angustiante”, um desafio que exige respostas duradouras, “não de esmolas”.
“Não se oferece uma verdadeira ajuda aos pobres sem que eles possam encontram trabalho e dignidade”, sustentou.
A intervenção alertou para a crise “ética, espiritual e humana” que está na base da crise económica com dimensão “europeia e global”.
O encontro concluiu-se com a recitação do ângelus, na qual o Papa recordou a beatificação do padre Titus Zeman, eslovaco, que morreu em 1969 após muitos anos de prisão.
Francisco falou do religioso salesiano como um dos membros da “longa fileira dos mártires do século XX”.
A viagem a Bolonha concluiu-se esta tarde com uma Missa no Estádio Renato Dall’Ara, onde joga habitualmente o Bologna F.C., com capacidade para cerca de 50 mil pessoas.
G.I./Ecclesia:OC