Grupo que veio ao 12 e 13 de outubro incluiu ainda na rota Roma e o Santuário de Lourdes.
Um grupo constituído por peregrinos de Timor-Leste e da Indonésia deslocou-se a Fátima para acompanhar as cerimónias de 12 e 13 de outubro, que marcaram o encerramento do Centenário das Aparições.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o padre Albino Marques, que está a acompanhar os participantes numa jornada que inclui também passagens por Roma e Lourdes, realçou a importância que o povo timorense dá ao Santuário de Fátima, enquanto lugar de “encontro com Deus e a Virgem Maria” mas também de intercessão nas dificuldades.
Um local que o sacerdote destacou também como essencial para ajudar o povo timorense durante os “muitos anos de ocupação” indonésia e depois para a “independência”.
Neste sentido, esta peregrinação acaba por ter também um cariz simbólico de reconciliação entre os dois povos.
E podemos constatar isso mesmo, a “alegria” e a “festa” que dominava aqueles peregrinos, muitos deles “pela primeira vez em Portugal”.
“Rezamos pelo nosso país, para que possa dar paz a Timor-Leste”, frisou uma das peregrinas.
“Estou muito contente e agradeço a Nossa Senhora que me deu a oportunidade de seguir o Centenário aqui”, completou outro.
Do lado dos companheiros de viagem indonésios, o sentimento era também de emoção pela presença no Santuário.
“É espantoso ver tantas pessoas que vêm dos vários países, com as suas bandeiras, e depois vão em paz. E rezam juntas pela paz”, destacou um dos peregrinos, que deixou um desejo.
Que a partir de Fátima este clima de fraternidade e convivência entre os povos possa multiplicar-se “em toda a parte”.
Timor-Leste alcançou a independência em 2002, depois de 24 anos de ocupação indonésia e, antes disso, de vários séculos de domínio português.
Os últimos dados relacionados com o domínio de Jacarta estimam que a ação indonésia no território timorense terá custado a vida a mais de 100 mil pessoas, num território com menos de um milhão de habitantes.
G.I./Ecclesia:PR/JCP