Iniciativa promovida pelo Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.
O presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, preside hoje na Fundação Champalimaud, em Lisboa, à sessão de abertura do Seminário Internacional de encerramento do Ciclo de Debates ‘Decidir sobre o Final da Vida’.
A iniciativa é promovida pelo Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), com o Alto Patrocínio do Presidente da República.
O ciclo teve inicio em maio deste ano, contabilizando 11 debates em 11 cidades (Lisboa, Porto, Braga, Vila Real, Aveiro, Covilhã, Ponta Delgada, Évora, Setúbal, Coimbra e Funchal).
“Neste ciclo foram envolvidas as universidades e a sociedade civil, as confissões religiosas, as ordens profissionais e sociedades cientificas da área da saúde, bem como associações de doentes”, assinala o CNECV.
Nestes debates, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, reconheceu que os médicos não estão preparados para a eutanásia e considera que a despenalização pode ter consequências graves, na medida em que o tempo da relação médico-doente é cada vez mais curta, comprometendo a informação ao doente.
Michele Renaud, membro da Academia de Ciências de Lisboa, por sua vez, disse que avançar para o direito à morte é enveredar por um caminho cheio de perigos.
Em março de 2016, a CEP divulgou uma nota para contestar uma eventual legalização da eutanásia no país, rejeitando soluções que coloquem em causa a “inviolabilidade” da vida.
“Não pode justificar-se a morte de uma pessoa com o consentimento desta”, refere a nota pastoral, intitulada ‘Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador’.
G.I./Ecclesia:OC