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Papa Francisco apresenta figura da Virgem Maria como «única».
O Papa presidiu hoje no Vaticano à recitação da oração do ângelus, na solenidade da Imaculada Conceição, realçando que esta celebração homenageia a figura “única” da Virgem Maria.
“Ela é o único oásis sempre verde da humanidade, a única incontaminada, criada imaculada para acolher plenamente, com o seu ‘sim’, Deus que vinha ao mundo, iniciando assim uma história nova”, disse aos milhares de peregrinos e visitantes reunidos na Praça de São Pedro.
Francisco declarou que Maria, “cheia de graça”, foi uma mulher “plena da presença de Deus”, sem lugar, nela, para o pecado.
“É algo extraordinário, porque tudo no mundo, infelizmente, está contaminado pelo mal. Cada um de nós, olhando para dentro, vê lados obscuros”, assinalou.
O Papa sublinhou que, ao não pecar, a Virgem Maria foi sempre jovem, porque “apenas uma coisa faz envelhecer, não a idade, mas o pecado”.
“O pecado envelhece, porque esclerosa o coração”, alertou o pontífice.
A intervenção sublinhou que a vida da mãe de Jesus não foi fácil, não foi a de uma pessoa “famosa”, mas foi uma “vida bela”, porque permaneceu em Deus.
“Não a aparência, não aquilo que passa, mas o coração apontado para Deus: isso faz a vida bela”, prosseguiu.
Após a oração, o Papa recordou que esta tarde se ia deslocar à Praça de Espanha para a tradicional homenagem à Imaculada Conceição, num gesto de “devoção filial”.
Francisco assinalou a solenidade, no centro de Roma, com vários momentos de oração, incluindo uma visita à igreja de “Sant’Andrea delle Fratte”, em Roma, para rezar diante de Nossa Senhora do Milagre.
Esta novidade do programa pontifício aconteceu no local da aparição mariana a Alfonso Ratisbonne, judeu convertido ao catolicismo após este acontecimento, que decorreu em 1842.
Seguindo a tradição iniciada pelos seus predecessores, Francisco levou flores até junto da imagem da Imaculada, que foi colocada na Praça de Espanha em 1857, três anos depois da definição dogmática de Conceição Imaculada de Maria, sob o pontificado do Papa Pio IX – por cuja vontade se ergueu o monumento -, que o abençoou a 8 de dezembro.
O pontífice foi acolhido na ocasião pelo arcebispo Angelo De Donatis, vigário-geral para a Diocese de Roma, e depois deslocou-se até junto do monumento para um momento de oração.
Depois desta cerimónia, o Papa seguiu para a Basílica de “Sant’Andrea delle Fratte”, onde rezou em privado diante da imagem de Nossa Senhora do Milagre.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, a qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.
G.I./Ecclesia:OC

CategoryIgreja, Papa, Pastoral

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