Mensagem para o Dia Mundial do Doente 2018.
O Papa Francisco escreve na sua mensagem para o Dia Mundial do Doente 2018, divulgada hoje pelo Vaticano, que as instituições católicas da área da saúde devem evitar a submissão à lógica de mercado.
O texto sustenta a necessidade de “preservar os hospitais católicos do risco duma mentalidade empresarial, que em todo o mundo quer colocar o tratamento da saúde no contexto do mercado, acabando por descartar os pobres”.
A Igreja Católica celebra no próximo dia 11 de fevereiro, festa litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, o XXVI Dia do Doente, que este ano tem como tema: 2’Eis o teu filho! (…) Eis a tua mãe!’ E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-A como sua” (Jo 19, 26-27).
O Papa sublinha que a inteligência organizativa e a caridade exigem que a pessoa do doente seja respeitada “na sua dignidade e sempre colocada no centro do processo de tratamento”.
“Estas orientações devem ser assumidas também pelos cristãos que trabalham nas estruturas públicas, onde são chamados a dar, através do seu serviço, bom testemunho do Evangelho”, acrescenta.
A mensagem pontifícia reflete sobre a “vocação materna” de Maria e sobre a figura do discípulo João, que inspiram o tema escolhido.
“Como Maria, os discípulos são chamados a cuidar uns dos outros; mas não só: eles sabem que o Coração de Jesus está aberto a todos, sem exclusão. A todos deve ser anunciado o Evangelho do Reino, e a caridade dos cristãos deve estender-se a todos quantos passam necessidade, simplesmente porque são pessoas, filhos de Deus”, realça Francisco.
O Papa deixa elogios ao trabalho desenvolvido pelas congregações católicas, as dioceses e dos seus hospitais, sobretudo nos países onde os sistemas de saúde são “insuficientes ou inexistentes”.
“A imagem da Igreja como ‘hospital de campo’, acolhedora de todos os que são feridos pela vida, é uma realidade muito concreta, porque, nalgumas partes do mundo, os hospitais dos missionários e das dioceses são os únicos que fornecem os cuidados necessários à população”, prossegue o texto.
Francisco recorda ainda a importância dos cuidados prestados em família, antes de rezar por “todos os doentes no corpo e no espírito”.
“Unamo-nos todos numa súplica insistente elevada à Mãe do Senhor, para que cada membro da Igreja viva com amor a vocação ao serviço da vida e da saúde”, apela.
G.I./Ecclesia:OC