Faz hoje três meses que o centro do país foi atingido por uma vaga de fogos que custou a vida a 45 pessoas.
A Diocese de Angra vai entregar uma parte da renúncia quaresmal deste ano às suas congéneres de Viseu e Portalegre-Castelo Branco, no âmbito da ajuda às vítimas dos incêndios de outubro último.
O portal ‘Igreja Açores’ avança que a decisão partiu do Serviço Diocesano de Apoio à Evangelização, Catequese e Missões de Angra, que espera uma “boa” adesão a esta iniciativa solidária.
Há três meses, o centro do país era atingido por aquele que foi considerado como o pior dia – em matéria de incêndios florestais – do ano de 2017.
No dia 15 de outubro, 45 pessoas morreram devido às chamas, outras 70 ficaram feridas, numas 24 horas em que se registaram cerca de 400de focos de incêndio, 33 dos quais de grandes dimensões.
Lousã, Seia, Gouveia, Penacova, Santa Comba Dão, Tondela, Oliveira do Hospital e Monção foram algumas das localidades mais afetadas.
Em termos de balanço, houve ainda a registar danos substanciais em mais de 800 casas e 500 habitações.
O programa da Diocese de Angra para a Quaresma começa no dia 18 de fevereiro, e inclui “a proposta de um itinerário quaresmal familiar e pessoal”.
A diocese açoriana propõe que em cada casa exista um espaço reservado para a oração “em conjunto”: um “santuário família” que inclua “uma bíblia, uma vela acesa e um mealheiro para a renúncia quaresmal”.
O tempo de Quaresma, que começa com a celebração de Cinzas (14 de fevereiro em 2018), é um período marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
Neste contexto, surge a renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.´
G.I./Ecclesia:JCP