Papa Francisco visitou Basílica de Santa Sofia, em Roma.
O Papa Francisco apelou, no sábado, à paz na Ucrânia, durante uma homenagem à comunidade greco-católica deste país, na Basílica de Santa Sofia, em Roma.
“Compreendo que, enquanto estais aqui, o coração palpita pelo vosso país e palpita não só de afeto mas também de angústia, sobretudo pelo flagelo da guerra e pelas dificuldades económicas”, afirmou o pontífice, no interior do templo, já após ter saudado as centenas de fiéis que se reuniram junto à entrada.
“Estou aqui para dizer-vos que estou próximo: próximo com o coração, próximo com a oração, próximo quando celebro a Eucaristia; aí suplico ao Príncipe da Paz que as armas se calem”, acrescentou.
O Papa contou aos presentes que costuma rezar sempre junto de um ícone de Nossa Senhora da Ternura, à noite e de manhã, uma imagem que lhe foi oferecida pelo atual arcebispo-maior de Kiev, D. Svjatoslav Shevchuk, quando ambos viviam na Argentina.
Francisco recordou as “terríveis perseguições ateístas” que os católicos da Ucrânia enfrentaram durante o século XX, na ocupação soviética, e manifestou a sua gratidão aos “numerosos heróis da fé” do país.
O atual pontífice teve oportunidade de contactar de perto com a comunidade greco-ucraniana em Buenos Aires, a sua terral natal, recordando figuras como a do bispo D. Stepan Chmil, sepultado na basílica romana.
“Rezo para que nos corações de cada um nunca se apague a esperança, mas se renove a coragem de seguir em frente, de recomeçar sempre”, disse.
“Coragem” foi uma palavra repetida pelo Papa, que elogiou ainda o papel das mulheres ucranianas como “apóstolas de caridade e de fé”.
“As mulheres ucranianas são heroicas”, declarou.
O Papa visitou depois a basílica, na companhia do arcebispo-maior de Kiev, saudando os fiéis à despedida.
Francisco agradeceu a todos pelo “caloroso acolhimento” e deixou novas palavras de reconhecimento à “perseverança na fé” dos católicos ucranianos.
“A fé é o presente mais belo que um povo pode dar aos seus filhos”, observou.
A visita concluiu-se simbolicamente com a largada de duas pombas brancas, símbolo de paz.
G.I./Ecclesia:OC