Encontro na Praça de São Pedro evoca vítimas de ciclone em Madagáscar e mártir do regime nazi.
O Papa Francisco uniu-se hoje no Vaticano à celebração da Jornada pela Vida, promovida pela Conferência Episcopal Italiana, denunciando as “leis contra a vida” e o descarte dos mais fracos, na sociedade.
“Todos os dias se fazem mais leis contra a vida, todos os dias avança esta cultura do descarte, de deitar fora o que não serve, o que incomoda”, declarou, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.
“Rezemos para que o nosso povo seja tenha cada vez mais consciência da defesa da vida, neste momento de destruição e descarte da humanidade”, acrescentou.
O Papa associou-se à mensagem dos bispos italianos para este dia e manifestou o seu “apreço e encorajamento” às várias realidades eclesiais que, de tantas formas, “promovem e apoiam a vida”, em particular o Movimento pela Vida, saudando os seus vários representantes, ali presentes para a recitação do ângelus.
Francisco lamentou que estes representantes não fossem “muito numerosos”.
“Isso preocupa-me, não são muitos os que lutam pela vida num mundo onde todos os dias se fazem mais armas”, assinalou
Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o Papa manifestou a sua proximidade às populações de Madagáscar, “recentemente atingidas por um forte ciclone, que causou vítimas, desalojados e elevados danos”.
“Que o Senhor os conforte e apoie”, acrescentou.
Francisco saudou ainda uma representação da cidade de Agrigento, na Itália, agradecendo pelo seu compromisso de “acolhimento e integração dos migrantes”.
O Papa recordou a beatificação, este sábado do “jovem Teresio Olivelli”, morto por causa da sua fé cristão em 1945, no ‘lager’ de Hersbruck.
“Ele deu testemunho de Cristo no amor aos mais fracos e une-se à longa esteira de mártires do século passado. Que o seu heroico sacrifício seja semente de esperança e de fraternidade, sobretudo para os jovens”, apelou.
G.I./Ecclesia:OC