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Jovens autores das meditações e família da Síria entre as pessoas que transportaram a cruz na cerimónia.
O Papa Francisco presidiu, na noite de Sexta-feira Santa, à Via-Sacra, no Coliseu de Roma, onde apelou a um “olhar carregado” de vergonha e esperança.
Na sua habitual oração do fim da Via-Sacra, Francisco falou da vergonha pela herança de divisões e guerras deixadas às gerações atuais.
“A vergonha porque as nossas gerações estão a deixar aos jovens um mundo partido pelas divisões e pelas guerras; um mundo devorado pelo egoísmo, onde os jovens, os pequenos, os doentes, os idosos são marginalizados”, apontou.
O Papa falou também da vergonha de “tantas pessoas, mesmo alguns ministros” da Igreja, que “se deixam enganar pela ambição e pela glória vã”.
Francisco invocou depois a esperança, onde “só o abraço fraterno pode dissipar a hostilidade e o medo do outro”.
“A esperança, porque tantos missionários e missionárias continuam, ainda hoje, a desafiar a consciência adormecida da humanidade, arriscando a vida para te servir nos pobres, nos descartados, nos imigrantes, nos invisíveis, nos explorados, nos que passam fome e nos presos”, disse.
O Papa citou ainda a esperança para a Igreja e para que se faça acreditar, como “um modelo de altruísmo”.
“A esperança, porque a tua Igreja, santa e feita de pecadores, continua, ainda hoje, apesar de todas as tentativas de a desacreditar, a ser uma luz que ilumina, encoraja, alivia e testemunha o teu amor sem limites pela humanidade, um modelo de altruísmo, uma arca de salvação e uma fonte de certeza e de verdade”, acrescentou.
Ao terminar a oração Francisco pediu para se despojar “da arrogância do mau ladrão” e ter a possibilidade de personificar o “bom ladrão que viu com olhos cheios de vergonha, de arrependimento e de esperança”.
“Que personifiquemos o bom ladrão que te viu com olhos cheios de vergonha, de arrependimento e de esperança; que, com os olhos da fé, viu na tua aparente derrota a divina vitória e, assim, se ajoelhou diante da tua misericórdia e, com honestidade, roubou o paraíso”, concluiu o Papa.
A celebração da Via-Sacra no Coliseu foi seguida por milhões de telespetadores em todo o mundo, incluindo Portugal.
O texto das meditações deste ano foi escrito por um grupo de jovens e adolescentes de uma escola de Roma, sob a coordenação do professor e ensaísta Andrea Monda.
Além dos autores das reflexões, a cruz que percorreu o Coliseu foi transportada por responsáveis e famílias da Diocese de Roma, bem como por uma família da Síria, Riad Sargi e Rouba Farah, com os seus três filhos, duas religiosas iraquianas e franciscanos da Terra Santa.
G.I./Ecclesia:OC/SN

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