Organização católica reuniu-se em Conselho Geral e deixou mensagem contra «bárbaros acontecimentos de violência» na Síria.
A Cáritas Portuguesa anunciou que 38 casas destruídas pelos incêndios de junho e outubro de 2017, em várias zonas do país, foram reconstruídas e entregues às famílias proprietárias, contando entregar outras 33 “até maio próximo”.
A informação é avançada no comunicado final do Conselho Geral da organização católica de solidariedade, enviado hoje à Agência ECCLESIA.
A instituição refere ainda que as Cáritas diocesanas das áreas afetadas pelos incêndios florestais do último ano apoiaram as populações na compra de “animais e rações”, bem como na construção de abrigos para os mesmos, e de alfaias agrícolas.
A reunião magna, que decorreu entre sexta-feira e sábado, em Setúbal, analisou um ‘Plano Institucional de Resposta a Emergências e Catástrofes’, que vai ser apresentado à Conferência Episcopal Portuguesa para aprovação.
“Este Plano reflete a preocupação da Cáritas face a situações de emergência e assenta no trabalho realizado a partir da experiência vivida no último ano, perante as situações de incêndio vividas no verão passado”, assinala a organização.
O documento pretende ser “um instrumento de intervenção coletiva” para “minimizar o sofrimento das vítimas” destes fenómenos.
Perante representantes de 17 Cáritas diocesanas, D. José Ornelas, bispo de Setúbal, presidiu à abertura do Conselho Geral, sublinhando a forma como a Cáritas tem sido chamada, nos últimos anos, a intervir na sociedade portuguesa e lembrou que é missão da Cáritas ser “cuidadora do outro”.
“A complexidade da miséria e da sociedade que a gere precisa de gente capacitada, profissionalizada e disposta a trabalhar em rede”, observou.
No final do encontro, o Conselho Geral da Cáritas Portuguesa “manifestou a sua condenação pelos recentes bárbaros acontecimentos de violência na Síria”, sublinhando que “o recurso à guerra jamais poderá ser uma forma de resposta para os constrangimentos políticos entre as nações”.
D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, encerrou os trabalhos lembrando que a Cáritas é a Igreja em ação e apelou a todos os presentes que nunca esqueçam a sua identificação com o “Bom Samaritano”.
Durante os trabalhos foi apresentado o decurso do projeto ‘Energia para todos – Sensibilização e acompanhamento da Precariedade Energética’, desenvolvido nas dioceses de Beja, Braga, Leiria-Fátima, Santarém, Vila Real e Viseu.
A iniciativa permitiu a caraterização de pessoas e famílias “em situação de precariedade energética”.
A propósito da celebração do Dia Mundial do Refugiado – 20 de junho-, a rede mundial da Cáritas vai envolver-se na dinamização de atividades durante a semana de 17 a 24 de junho, integradas na campanha global ‘Partilhar a Viagem’, que decorre até ao ano de 2019 e que responde ao apelo lançado pelo Papa Francisco para a promoção da “Cultura do Encontro”.
G.I./Ecclesia:OC