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Mais de 50 semanas de trabalho de reconstrução implicaram investimento de 1,45 milhões de euros.
A Cáritas está a aplicar 1,45 milhões de euros nos trabalhos de reconstrução de habitações atingidas pelos incêndios de junho de 2017, que deflagraram em Pedrógão Grande, procurando ajudar a população a superar a tragédia.
“Na presente data, existem habitações já concluídas na vertente de construção estando prevista a conclusão das restantes nas próximas semanas”, assinala a instituição católica, no seu 51.º relatório semanal, documentos nos quais tem vindo a dar conta da aplicação dos donativos recebidos.
A Cáritas, articulada com as instituições de poder local, coordenou uma vasta operação de auxílio que permite que muitas pessoas vítimas desta tragédia tenham conseguido dar um novo rumo às suas vidas.
“Aquilo que é possível dizer é que as pessoas foram reconstruindo as suas vidas”, sustenta Mariana Figueiredo, da Cáritas de Coimbra, para quem “em breve essa página será virada”.
Após a tragédia do 17 de junho de 2017, organização católica de solidariedade assumiu a urgência da distribuição de bens alimentares e de primeira necessidade, seguindo-se a tarefa maior de reconstruir as habitações perdidas no fogo.
Amílcar Calhau manifesta à Agência ECCLESIA o seu contentamento por ver uma casa quase pronta, num esforço possível pela generosidade dos portugueses.
“Nem parece a mesma casa que lá estava”, realça.
12 meses passados, novas casas estão de pé e já é possível tomar as chaves na mão e abrir a porta da nova habitação, como faz António Fernandes, que teve de enfrentar o fogo com a mulher numa cadeira de rodas.
“Assim a gente já começa uma vida mais alegre”, confessa.
A casa foi reconstruída com um novo aproveitamento dos espaços, e para dar resposta às necessidades do casal.
Na reconstrução, os proprietários foram parte ativa nas opções e nos melhoramentos a introduzir na obra.
Roxana Grapa, romena que se apaixonou por Portugal, experimentou também a solidariedade que lhe tornou possível voltar a erguer a sua casa, que agora é mais resistente ao fogo.
“Correu muito bem, as pessoas puseram muito o seu coração”, assinala, “fizeram mesmo com muito amor e puseram o coração em tudo”.
A Cáritas dedicou grande parte do seu esforço a coordenar a reabilitação e reconstrução das casas perdidas nas chamas; a floresta ressurge, entre tons de negro e verde, como que dividida entre o drama e a esperança.
As chamas que deflagraram a 17 de junho de 2017 no município de Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos, fizeram 66 mortos e 253 feridos, além de elevados danos materiais.
A reconstrução nos locais atingidos vai estar no centro da próxima emissão do programa 70×7, este domingo, na RTP2, pelas 13h45.
G.I./Ecclesia:HM/OC

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