Considerando a realização do Sínodo como “uma pedrada no charco, cujas ondas continuam a produzir-se”, o arciprestado de Besteiros deu conta do trabalho já realizado e em realização para aplicação das propostas sinodais, nomeadamente na criação das Unidades Pastorais e no exercício da corresponsabilidade.
Por seu lado, o arciprestado Rural de Viseu, sentindo que faz falta “reacender a chama”, questionou a reorganização arciprestal, que deixou este arciprestado sem “centro”. Como positivo, realçou a presença de D. Ilídio nas reuniões arciprestais, só possível com esta nova configuração. Sentem que as Unidades Pastorais se têm revelado um “parto difícil”. O arciprestado Rural de Viseu também sente que “a pastoral da juventude recuou, com o desaparecimento de alguns grupos”.
“O Sínodo diocesano desinstalou e acordou a consciência de Igreja; fez propostas que importa reler, para concretizar o que ainda não se fez – o caminho está a ser feito e é para se fazer”, referiu o arciprestado do Dão.
Os representantes do arciprestado da Beira Alta, por seu lado, queixando-se de não ter havido “mais uma vez” reunião da Assembleia arciprestal, fizeram questão de estarem presentes nesta reunião do Conselho Pastoral Diocesano e D. Ilídio incentivou essa presença com um “venham sempre”. Afirmaram que “o Sínodo não foi esforço inglório, porque há sementes a germinar (em todos os tipos de terreno) e já vejo outros” nas comunidades locais. Referiu a proximidade do Bispo, afirmando que as comunidades do arciprestado sentem D. Ilídio como um Pastor próximo: -“um Bispo de trazer por casa”, brincou D. Ilídio, em resposta.
Também o representante da Cáritas diocesana se regozijou com o conhecimento da realidade diocesana que a sua acção proporcionou, nos diferentes contactos com as comunidades locais, nomeadamente nas circunstâncias resultantes dos fogos florestais.
O CNE lembrou o trabalho realizado com os escuteiros e pelos escuteiros, através dos 36 Agrupamentos, com mais de 2.200 escuteiros e 451 dirigentes. Nos últimos doze anos, surgiram 5 novos Agrupamentos e todos reconheceram D. Ilídio como “guia constante e presente”, agradecendo o seu serviço.
A Comissão Diocesana dos Leigos recordou a realização do Encontro Nacional de Leigos como um grande acontecimento eclesial em Viseu, cujos frutos se sentem e o Tribunal referiu a “experiência de libertação” que tantos experimentaram, na decisão dos processos que deram entrada, numa média de 7-8 em cada ano, na linha da Amoris Laetitia e de acordo com as orientações da Conferência Episcopal, que irão ser apresentadas no próximo dia 1 de Julho, em documento do Secretariado Diocesano da Pastoral da Família.
“Sente-se angústia de voltar atrás, depois de ter experimentado o Sínodo Diocesano”, referiu um dos participantes, alertando para que “isto é para levar a sério e cada vez mais falta quem deveria estar aqui e na assembleia arciprestal”.
O Vigário-Geral, a terminar, lembrou o Dia da Diocese, no próximo dia 1 de Julho, apelando à participação de todos, a partir das 15:00, com Eucaristia às 17:00 e jantar, após a Eucaristia, para quem se inscrever. Haverá ainda um concerto musical, na Catedral, oferta do Município de Viseu.
D. Ilídio Leandro encerrou a reunião apresentando a Bíblia como fonte de alimentação da Igreja diocesana, ilustrada pelo Vaticano II, com os desafios propostos pelo Sínodo Diocesano e, agora, concretizando a Amoris Laetitia e cumprindo o Plano Pastoral diocesano especialmente dedicado à Pastoral da Família. Acompanhar, discernir e integrar é a proposta para responder aos “casos difíceis”.
D. Ilídio terminou lembrando que “os 12 anos de serviço do seu episcopado são um momento, em contínuo, na vida da mesma Igreja que, desde 576, vive e cresce em Viseu. Muito obrigado pelo vosso trabalho!”
G.I.