Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Assim se expressou o Vigário-Geral, Padre Armando Esteves, no jantar de ontem, em homenagem a D. Ilídio Leandro, que deixa a função de Bispo de Viseu.
Ao longo de doze anos, foi “construindo pontes” entre os homens e deles com Deus, recordou o Padre Armando, em nome dos presentes, acrescentando que “esta vontade ou modo de ser bispo, que caracterizava D. Ilídio, continua a ver-se na nossa diocese e nunca estará terminado como também o Ministério do Sr. D. Ilídio não terminará hoje ou no dia 22.”
“Ainda mais livre e disponível para aquilo que sempre foi uma caraterística pastoral do Sr. D. Ilídio desde que foi ordenado padre: a entrega com paixão à Evangelização, qual companheiro de viagem, fermento no meio da massa, como quem sabe que a meta única é Cristo e mais nada ou ninguém”, lembrou.
“Há pessoas que nascem para deixar marca e permitam-me que aqui lembre algumas delas”, afirmou: “Enquanto padre jovem, D. Ilídio Leandro deixava por todo o lado a marca da alegria, de homem feliz na sua missão, de amor a Jesus Cristo que a tantos jovens cativou; revirava tudo nas paróquias para as renovar; sempre soube viver com o coração as tarefas que se propôs para renovar a Diocese”.
Referindo-se à relação com as pessoas, o Vigário-Geral afirmou: “Sei quanto sempre quis bem aos seus colegas padres; quantas vezes, no silêncio, sem qualquer queixa ou crítica, sofria por algo que não tinha sido bem entendido ou aceite, ou porventura, por críticas que lhe eram dirigidas, das quais nunca se defendia, não se lamentava nem delas falava. Numa entrevista dizia: eu só sei ser próximo e amigo e a experiência que tenho na Diocese, nos Seminários, no Secretariado do Clero e nas paróquias, também, é aquela que me leva a sentir que estou com as pessoas e que gosto muito de estar com elas.”
Quase a terminar, o Vigário-Geral afirmou que “de poucos bispos de Viseu ficará tanto para a história como do Sr. D. Ilídio nestes 12 anos: restauro da Casa Episcopal, criação do Departamento dos Bens Culturais e Arquivo Histórico da Diocese; o apoio sem reservas à Escola católica, nomeadamente ao Projeto do Colégio da Via Sacra”.
Recordou também decisões difíceis, mas inevitáveis: fecho do Seminário de Fornos de Algodres, a ida dos alunos de Teologia para Braga, com o encerramento do Instituto de Teologia em Viseu.
Mas lembrou também, como marca muito positiva, a formação e promoção dos leigos, nos Ministérios laicais, na corresponsabilidade ativa e efetiva dos leigos nas comunidades paroquiais, o desenvolvimento duma pastoral corresponsável, seja na forma como pensou a pastoral na Diocese, envolvendo os Vigários, os Arciprestes, os Secretariados, como dando importância aos diversos conselhos. “Basta olhar a Cúria Diocesana, onde leigos já são parte bem visível”, recordou, acrescentando o lançamento e realização do Sínodo que, durante 5 anos, reflectiu a diocese a partir do concílio ecuménico Vaticano II.
“Será, porventura, o melhor dos legados que, juntos, também consigo, D. Ilídio, iremos continuar”, afirmou, lembrando as Conclusões e as Constituições do Sínodo para os próximos dez anos na nossa Diocese.
“A semente ainda não é fruto nem os alicerces são ainda casa mas, sem eles não há frutos nem construção que resista”, recordou referindo-se ao Sínodo. Recordou também a edição da História da Diocese, “um trabalho sem paralelo”.
Lembrou também o lugar que sempre deu à FAMÍLIA – “um bem necessário e insubstituível”, nas palavras de D. Ilídio. E por isso realçou a apresentação feita, ao início da tarde do livro “Acompanhar, Discernir e Integrar” não já um documento do Bispo D. Ilídio mas da Diocese.
Recordando “a preocupação de sempre, a de criar laços, elos de ligação entre as pessoas e os grupos, sobretudo quando há conflitos”, o Vigário-Geral afirmou que “continuamos a contar consigo!”
Referindo “MEMÓRIA E PROFECIA”, o livro/resumo do Sínodo, desejou “que continue a ser Profecia no meio de nós. Nós procuraremos, vivendo e assumindo as nossas responsabilidades, ter e ser Memória”.
E, na entrega da chave do automóvel que foi oferecido a D. Ilídio, concluiu afirmando que “queremos vê-lo por cá e por todo o lado onde Deus o queira… mas em segurança. Os doze anos do seu carro e o estado a que ele chegou ao serviço dos homens e mulheres desta sua querida diocese, tornaram-no inseguro e os seus amigos decidiram dar-lhe uma chave que pode pôr a trabalhar um carro modesto mas seguro. Sei quanto lhe custa receber, mas as prendas, simplesmente, dão-se. Não sobrecarrega em nada a diocese, é oferta livre de pessoas. Ficamos felizes se o aceitar!”

Também recebeu lembranças de outras entidades, nomeadamente do Município de Viseu, pelas mãos do seu Presidente, que lembrou a atribuição do Viriato de Ouro, a entregar no Dia do Município (21 de Setembro), e do Comandante GNR, que se encontrava acompanhado pelo Capelão desta força de segurança.

G.I.

© 2016 Diocese de Viseu. Todos os direitos reservados.
Desenvolvimento: scpdpi.com

Siga-nos: