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O Pe. José Francisco Cardoso Caldeira, celebra a 11 de Julho, dia de São Bento de Núrcia, 25 anos de sacerdócio.

Com o lema “Para mim viver é Cristo” de São Paulo, recorda como memória mais viva da sua infância a Igreja onde foi batizado e o caminho que fazia para Ela. Nascido em Angola, Santa Comba, ainda hoje, passados mais de 40 anos, mantém vivo na memória o trajeto e a Igreja por fora e por dentro, como a recordação “mais viva e inesquecível”.
“Desde aí, senti o desejo de abraçar o sacerdócio, apesar de tantas falhas e recaídas nestes 25 anos de Presbítero. E hoje leio-o com mais determinação e sinto que Jesus é o meu guia, o meu conselho, apesar de tantas vezes O magoar com as minhas ações e descuidos. Apenas mais cansado”, recorda em entrevista ao Jornal da Beira.

Nestes 25 anos de sacerdócio, vê a Igreja como “um desafio constante, cada dia com muitas surpresas, desvios e com a vontade de lutar pelas tentações atuais, de quererem que me torne um “profissional” do sagrado, onde muitas pessoas nos aparecem pela frente com datas e horas marcadas para os sacramentos de um modo especial para elas, que podem diminuir o zelo pelos compromissos paroquiais e o contacto com as “ovelhas”. O papa Francisco tanto nos pede para ter o cheiro das ovelhas, chamar as pessoas pelo seu nome, sentir que cada pessoa é uma dádiva divina”.

O sacerdote entende que “hoje, sentir-se chamado é também lutar contra uma corrente demasiado pesada, onde o presbítero é censurado pela opinião geral da sociedade” que julga “todos os padres” pelas notícias negativas referidas a um ou outro caso.
Considera que “sentir-se chamado é encontrar na força da oração e no suporte do Espírito Santo, o dever de ser chamado hoje para os tempos concretos, sem entrar em “carreirismos” como diz muito bem o Papa Francisco”, vivendo e alimentando-se da Eucaristia.

Lembrando a mais frequente e conhecida oração do Pai-Nosso, o Padre Caldeira recorda, na entrevista, que “pedimos sempre a Deus que faça o que lhe pedimos. Imensas vezes sem conta, o contacto com os doentes e nas orações o pedido sempre sincero, pela cura física deles e nossa também, porque às vezes também adoecemos, e desejamos a saúde nossa e de todos. Custa aceitar, perante os que partiram, “seja feita a Vossa vontade”, conclui.

Termina a entrevista sentindo-se “motivado a levar dentro de mim as chagas de Jesus, sabendo que também com as minhas atitudes, sempre O magoo. Mas também sinto que o Amo cada vez mais, e que Ele continua a chamar-me cada dia, para situações, por vezes demasiado difíceis”.
G.I./J.B.

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