Cerimónia celebrada em Viseu, na primeira Casa dos Combonianos em Portugal, recordou os diferentes percursos na missão.
Os Missionários Combonianos em Portugal celebraram as bodas de ouro sacerdotais de quatro presbíteros, os padres António Martins, Gregório dos Santos, Manuel Anjos e Manuel Horta, no Seminário das Missões, na Diocese de Viseu.
“Fomos chamados pela graça de Deus, escolhidos de Deus para uma missão”, disse o padre Manuel Horta na homilia, em nome dos quatro jubilados.
Sobre a sua vocação, o sacerdote recordou que um religioso Comboniano perguntou-lhe na sacristia de Vila Nova de Tazem se queria ser missionário, ao que respondeu: “Não sei bem o que é, mas acho que sim”.
O padre Gregório dos Santos agradeceu aos familiares, amigos, benfeitores e vizinhos que participaram na missa jubilar com “a palavra bem-haja”.
“Obrigado brota do nosso coração ao Pai da messe e a todos os que nos ajudaram ao longo deste tempo”, realçou, recordando missionários Combonianos já falecidos, benfeitores e amigos.
“Que o seu exemplo e alegria de vida atraiam mais jovens para a missão comboniana”, desejam os Combonianos em Portugal.
O superior provincial (responsável nacional) dos missionários presidiu à Eucaristia e informa que a Província ofereceu um crucifixo alusivo às bodas de ouro a cada um dos jubilados, na comemoração realizada no domingo, dia 15 de julho.
O padre José Vieira, no seu blog ‘Jirenna’, contextualiza que os padres António Martins, Gregório dos Santos, Manuel Anjos e Manuel Horta foram ordenados por D. José Pedro da Silva, bispo de Viseu, a 13 de julho de 1968; Com mais três colegas: Um faleceu e dois casaram.
Os quatro “padres de ouro”, acrescenta, têm percursos interessantes: O padre Manuel Horta é administrador da Editorial ‘Além-Mar’ e foi, por exemplo, missionário em Moçambique e provincial de Portugal.
O padre Manuel Anjos viveu quase sempre em Moçambique e agora faz parte do grupo que está a traduzir a Bíblia para cinyungwe, a língua da região moçambicana de Tete.
Já o padre Gregório dos Santos que também foi provincial de Portugal, a missão viveu-a no Brasil; e o padre António Martins, que é capelão da capela da Maia, foi também capelão militar em Angola, durante dois anos, e esteve na paróquia católica mais alta do mundo, a mais de 4000 metros de altitude, em Cerro de Pascom no Peru, tendo também passado pela Rondónia e Rio de Janeiro, no Brasil.
Em 2007, a Congregação dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus comemorou 70 anos de presença em Portugal, onde chegaram em 1947, e 150 anos da sua fundação.
O Instituto foi fundado em Verona, Itália, no ano de 1867, por S. Daniel Comboni, primeiro bispo de Cartum, a atual capital do Sudão.
Na altura da efeméride, eram cerca de 1600 missionários e 90 religiosos de origem portuguesa.
O Padre António Martins celebrará na sua paróquia de origem (Canas de Santa Maria – Tondela – Viseu), no próximo Domingo, com a comunidade cristã, familiares e amigos esta data jubilar. A Eucaristia será às 11.30 horas, seguida de almoço no Salão do Centro Paroquial.
G.I./Ecclesia:CB