Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família sublinha importância de um diálogo constante com a realidade juvenil.
O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF), D. Joaquim Mendes, disse hoje no Vaticano que as comunidades católicas devem promover uma “mudança de mentalidade” na sua relação com as novas gerações.
“Penso que o desafio maior é uma mudança de mentalidade, em relação à realidade juvenil. Em relação ao mundo juvenil, uma mudança de mentalidade. Naturalmente, isso leva a uma mudança também de coração, a uma mudança de atitude e depois também a adquirir o diálogo com esta realidade, com o mundo juvenil, a assumir o diálogo como método, como processo, de modo a buscarmos juntos os caminhos”, disse à Agência ECCLESIA um dos dois delegados da Conferência Episcopal Portuguesa na assembleia sinodal.
O grupo de trabalho dos participantes lusófonos apresentou hoje o seu relatório com observações e propostas sobre a terceira e última parte do documento orientador do Sínodo, encerrando assim mais de duas semanas de debate.
D. Joaquim Mendes realça que o Sínodo “não traz propriamente receitas”, mas quer levar todos a questionar-se sobre os espaços que são oferecidos aos jovens, na Igreja Católica, e o que estes têm a oferecer, por sua vez, para evangelizar, renovar as comunidades e “mudar as estruturas”.
O bispo auxiliar de Lisboa sublinhou a importância de apresentar a vida da fé como um “caminho”, em comunidade, na qual “se faz a experiência de Jesus Cristo e depois se assume o modo de ser, de pensar, de agir, de Jesus”.
“Esta terceira parte traz muitos desafios, traz muitas propostas, leva-nos, convida-nos a esta mudança de mentalidade, esta mudança de atitude e este diálogo, como estilo e como método para a Pastoral Juvenil”, concluiu o presidente da CELF.
Esta terça-feira, após uma pausa nas reuniões gerais e de grupo, vai ser apresentado o projeto para o documento final do Sínodo 2018.
A 15.ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, com o tema ‘Os jovens, a fé e o discernimento vocacional’, decorre até 28 de outubro.
A Conferência Episcopal Portuguesa está representada por D. Joaquim Mendes e D. António Augusto Azevedo – bispo auxiliar do Porto e presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios.
G.I./Ecclesia:OC