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25 Escolas Católicas participaram na peregrinação nacional.

As Escolas Católicas portuguesas organizaram uma peregrinação nacional ao Santuário de Fátima que congregou cerca de três mil alunos de 25 instituições, mobilizados pelo tema ‘Feliz e Santo? #eupossoeuquero!’.

“O principal objetivo é rezar, rezarmos com Maria, pedindo ajuda. O tema da santidade inspira-nos e vimos todos também aprender a sermos mais felizes e mais santos”, disse o secretário-geral da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), que organizou o encontro em parceria com o Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC).

Em declarações ao sítio online ‘Educris’, Jorge Cotovio afirmou que a história da Escola Católica tem sido “cheia de turbulências e instabilidade”, nos últimos anos “acrescida por fatores políticos, ideológicos”.

“Fizeram com que tenhamos menos escolas, nos últimos 10 anos encerraram cerca de 27, e nos últimos anos quatro escolas católicas”, por causa dos contratos de associação, exemplificou.

O secretário-geral da APEC frisa que as Escolas Católicas eram “polos de evangelização” que desapareceram por “questões unicamente políticas e ideológicas”, “privadas de ter turmas financiadas pelo Estado”, e não por falta de procura.

O coordenador do Departamento da Escola Católica (DEC) no SNEC, que coorganizou a quarta peregrinação nacional, realçou que no Santuário de Fátima recarregam “baterias, do ponto de vista espiritual” e social numa oportunidade para os alunos interagirem.

O lema – «Feliz e Santo? #eupossoeuquero!» – é também um “desafio”, um “binómio” que “é possível” numa realidade de cariz católico, cristão, “onde os valores evangélicos emergem em todo o tecido escolar”, referiu Fernando Moita.

“A realidade da Escola Católica é muito desafiante, não é fácil educar e não é fácil educar na perspetiva cristã. Trazer para o ato educativo os valores evangélicos é um grande desafio”, sublinhou.

Ao todo 25 escolas católicas levaram cerca de três mil estudantes a Fátima, e Lara, do Colégio Conciliar Maria Imaculada, em Leiria, conta que foi “conviver com outras pessoas, ser mais feliz e rezar”.

“Para mim ser santo é ajudar as outras pessoas e praticar o bem”, revelou a jovem a quem Maria “traz confiança”.

Francisco, do Colégio São Miguel, em Fátima, aproveitou a peregrinação para “aprofundar os conhecimentos” e “aprender mais sobre a igreja da Santíssima Trindade”.

“Gosto sempre, para mim Fátima é sempre bom”, disse Guilherme, da Escola Profissional Agentes De Serviços E Apoio Social, em Campo de Ourique, Lisboa, que para além das “atividades com uns colegas da escola” aproveitou para rezar.

O bispo emérito de Santarém e membro da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, D. Manuel Pelino, presidiu à Eucaristia da peregrinação, e apresentou o exemplo de Maria, uma santidade que é alegre, porque “precisam de ter ideia positiva da santidade e que vale a pena ser santo”.

Neste contexto, explicou três aspetos “importantes” para a “formação humana e cristã”: “A capacidade de escuta interior, fazer silêncio e vencer ambiente de ruído e dispersão onde todos vivemos; A capacidade de acolhermos o espírito e a sua ação, sermos humildes para sermos instrumentos; E a disponibilidade total”.

A Igreja Católica está a viver um Sínodo dos Bispos, dedicado aos jovens, até 28 de outubro, e para o professor Fernando Moita “é um desafio muito grande olhar para quem são estes adolescentes, estes jovens, que interpelam diariamente”.

“Como educadores temos de ter muito cheiro da realidade educativa dos nossos adolescentes, dos nossos jovens, para construirmos o projeto educativo”, acrescentou o coordenador do DEC do SNEC.

No dia 19 de outubro, a quarta peregrinação das Escolas Católicas marcou o início da Semana Nacional da Educação Cristã 2018 que tem como tema ‘Ser Feliz é Ser Santo’.

G.I./Ecclesia:CB

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