Os bispos católicos da República Democrática do Congo mostraram-se preocupados com a situação em que se encontram cerca de meio milhão de congoleses deportados pelo governo de Luanda nas últimas semanas.
“Milhares de crianças, mulheres, idosos, doentes e deficientes, bem como homens e mulheres saudáveis, estão a ser praticamente descarregados como bens vulgares, dia após dia”, alertaram já os prelados numa declaração, divulgada hoje pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
Os bispos pedem às autoridades congolesas que iniciem um “diálogo direto e aberto” com o governo angolano para assegurar que se respeita a dignidade destas populações, “em conformidade com o direito internacional humanitário”.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados alertou para o facto de estas deportações em massa estarem a provocar “graves violações dos direitos humanos pelas forças de segurança de ambos os lados da fronteira”.
G.I./Ecclesia:OC