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Papa Francisco sublinha necessidade de ouvir os jovens, em encontro com migrantes de países em conflito.
O Papa afirmou hoje no Vaticano que a comunidade internacional precisa de líderes com “uma nova mentalidade”, ao receber em audiência um grupo de jovens oriundos de zonas de conflito ou marcadas pela pobreza.
“Os líderes de paz não são os políticos que não sabem dialogar ou confrontar-se: um líder que não se esforça em ir ao encontro do ‘inimigo’, sentar-se à mesa para discutir, como vocês fazem, não pode levar o seu próprio povo para a paz. Para isso é preciso humildade e não arrogância”, assinalou Francisco, num encontro transmitido em direto pelo Vaticano, através dos seus canais na internet.
Falando perante os membros da organização “Rondine – Cittadella della Pace” (Andorinhas – Cidadela da Paz), o Papa sublinhou que ao escolher o nome de Francisco, após a eleição pontifícia, em 2013, pensou “nos pobres e na paz”.
“A pobreza, no sentido negativo, e a guerra estão ligadas num círculo vicioso que mata as pessoas, alimenta sofrimentos inenarráveis e espalha um ódio que não para”, alertou.
A Associação Rondine, que celebra este ano o seu 20.º aniversário, está sediada cerca de 220 quilómetros a norte de Roma, assumindo como compromisso a redução dos conflitos armados no mundo; acolhe jovens provenientes de países em conflito armado ou pós-conflitos
Com o Papa estiveram, entre outros, uma jovem palestina e um jovem israelita, que apresentaram o apelo que a associação católica vai fazer na ONU, por ocasião do 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a 10 de dezembro.
Ouvir uma jovem palestina e um jovem israelita que, juntos, pedem aos governos do mundo que deem um passo para reabrir o futuro, transferindo o equivalente ao custo de uma arma do orçamento da defesa para o orçamento da educação, para formar um líder de paz, é uma coisa rara e luminosa”.
Francisco recordou o que escreveu na Mensagem para o próximo Dia Mundial da Paz (1 de janeiro de 2019), com o tema ‘A Boa política está ao serviço da paz’, reiterando que a responsabilidade política “pertence a todos os cidadãos, em particular àqueles que receberam o mandato de proteger e governar”.
G.I./Ecclesia:OC

CategoryIgreja, Papa, Pastoral

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