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Tem de ser consequência de «um coração tocado pelo amor de Deus», frisou Francisco num encontro com membros da Ordem de Nossa Senhora das Mercês.

O Papa frisou hoje no Vaticano que servir a Igreja Católica não é compatível com a busca de “segurança de vida”, de uma “posição” ou do “lucro pessoal”, implica “um coração que foi tocado por Deus”.

Numa audiência com membros da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, congregação mendicante fundada em Espanha no século XIII, e que tem como carisma libertar os cristãos de todas as formas de escravidão, Francisco salientou que “hoje, como em outras épocas da história, o cristão é ameaçado por três inimigos: o mundo, o demónio e a carne”.

“Esses perigos estão às vezes camuflados e não os reconhecemos, porém, suas consequências são evidentes, adormecem a consciência e provocam uma paralisia espiritual que leva à morte interior”, apontou o Papa argentino, que depois deixou um alerta aos religiosos “mercedários”, como são conhecidos.

“Não se deixem levar pela tentação de considerar o vosso sacrifício e entrega como uma inversão destinada ao lucro pessoal, a fim de alcançar uma posição ou uma segurança de vida. A entrega da própria vida não é algo opcional, mas a consequência de um coração que foi tocado pelo amor de Deus”, alertou.

Durante o encontro com os membros da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, que tem como fundador São Pedro Nolasco (1189 – 1256), o Papa pediu aos consagrados que “como membros de uma ordem redentora”, experimentem sempre “a redenção de Cristo em si mesmos”, de modo a melhor “ajudarem os irmãos a descobrir o Deus que salva”.

E aqui Francisco recordou as franjas da sociedade que atualmente mais precisam de apoio e suporte, “os encarcerados, os refugiados e migrantes, as vítimas do tráfico humano, os adultos vulneráveis e as crianças órfãs e exploradas”.

“Que a todos os descartados da sociedade vocês saibam levar a ternura e a misericórdia de Deus. Não se cansem de ser instrumentos de liberdade, alegria e de esperança”, exortou.

O Papa argentino frisou ainda que “o carisma mercedário” continua “atual” e deve “deixar-se interpelar pelos novos campos de ação e serviço” que marcam a missão da Igreja Católica.

“Como a promoção da dignidade da pessoa humana, a prevenção das escravaturas,  físicas ou espirituais, e o acompanhamento e reinserção dos vulneráveis da nossa sociedade”, completou.

A audiência do Papa Francisco com os membros da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, na Sala Clementina, no Vaticano, teve como base a comemoração dos 800 anos da fundação daquela ordem religiosa.

G.I./Ecclesia:JCP

CategoryIgreja, Papa, Pastoral

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