Reflexão dominical centrada na figura de São João Batista.
O Papa disse hoje no Vaticano que a preparação do Natal deve ser marcada, nas comunidades católicas, por gestos de atenção “especial” aos mais necessitados.
“O crente é aquele que, através da sua proximidade ao irmão, como João, o Batista, abre caminhos no deserto, isto é, indica perspetivas de esperança, mesmos nos contextos existenciais imprecisos, marcados pelo falhanço e a derrota”, referiu, desde a janela do apartamento pontifício.
Perante milhares de pessoas reunidas para a recitação do ângelus, na Praça de São Pedro, Francisco pediu que todos tenham os mesmos sentimentos de Jesus, a “cordialidade e atenção fraterna que toma conta das necessidades do próximo”.
“Quantas pessoas são soberbas, ásperas, não têm uma relação de cordialidade”, advertiu.
Depois de ter iniciado o tempo do Advento (os quatro domingos que antecedem o Natal) sublinhando a necessidade de vigilância, o Papa falou hoje do “caminho de conversão” proposto aos católicos na preparação para a celebração do nascimento de Jesus Cristo.
A intervenção partiu da figura de São João Batista, o qual pregou contra a “frieza e a indiferença”, o “orgulho e a soberba”, pedindo perdão das próprias culpas.
Também hoje, os discípulos de Jesus são chamados a ser suas testemunhas humildes, mas corajosas, para reacender a esperança, fazer perceber que, apesar de tudo, o reino de Deus continua a construir-se, dia após dia, com o poder do Espírito Santo”.
O Papa convidou os católicos a semear “paz, justiça e fraternidade”, e a contrariar a “mentalidade do mundo”, colocando no centro da vida “Jesus e a sua palavra de luz”, que inspira gestos de reconciliação.
“Não é fácil, pensamos sempre em quem tem de dar o primeiro passo. O Senhor ajuda-nos, quando existe boa vontade”, observou.
Após a oração, o Papa despediu-se dos visitantes e peregrinos com os tradicionais votos de “bom domingo” e “bom almoço”.
G.I./Ecclesia:OC