“O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo”, recordou D. António, no início da sua homilia, na ordenação do diácono João, saudando o Provincial dos Padres da Missão (Vicentinos) e restante assembleia de fiéis.
Expressando “a alegria que o Senhor nos dá, um dom insondável do seu amor”, considerou esta sua primeira ordenação, como Bispo, um dom inestimável concedido “na primeira pessoa [ao João Soares], para o maior bem da Igreja e renovação da nossa sociedade (…)pois Ele nunca se esquece de dar à Igreja os pastores de que ela precisa”.
Recordando a importância da família no despertar da vocação ao sacerdócio, resumiu o currículo do João Soares, pediu que “rezemos por este nosso irmão para que seja fiel a Deus e aos bons propósitos que animam o seu coração”, convidando o João Soares “a receber com um coração disponível e alegre o dom da Ordenação de Diácono”, a caminho do sacerdócio ministerial.
“Depois vem a missão para gastarmos a nossa vida ao serviço dos mais pobres e dos mais frágeis da humanidade”, acrescentou D. António, lembrando S. Vicente de Paulo.
“O momento da consagração a Deus na vida religiosa, a que foste chamado, ou a vocação sacerdotal e missionária precisam sempre de uma resposta livre, consciente e responsável por parte daquele que se sente chamado”, acrescentou D. António, recordando que “um sim, dado ao Senhor na força e na alegria da juventude é uma forma de remar contra a maré do indiferentismo religioso, do mundo descartável e da sociedade líquida em que vivemos”
Lembrou as funções do ministério diaconal – “ajudar o Bispo e o seu presbitério no serviço da Palavra, do altar e da caridade mostrando-se em tudo, que é um servo de todos”.
“Com a ajuda de Deus, deves em tudo comportar-te de tal modo que sempre em ti se reconheça a graça de um verdadeiro discípulo de Cristo, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida”, lembrou D. António ao João Soares, recordando-lhe que ”Mesmo que não o sintas, Nosso Senhor nunca deixará de santificar-te se lhe fores fiel” (São Vicente de Paulo).
Pediu também ao João Soares que, quando receber a Ordenação sacerdotal, ofereça “aos jovens e às famílias um novo horizonte de vida onde se vislumbre a beleza da vocação”.
“Não tenhas medo do passo que estás hoje a dar, confia no Senhor e no seu amor, entrega-te a Ele na totalidade do teu ser, na certeza de que Ele cuidará de ti. Olha sempre em frente e “lança as mãos ao arado”, olhando com esperança e gratidão para Aquele que hoje te chama a segui-Lo na humildade, na pobreza, na castidade e na obediência”.
Faz disto a tua regra de vida – “Crê o que lês, ensina o que crês e vive o que ensinas” [Ritual da Ordenação], pediu D. António.
“Agradeço com júbilo aos teus pais, à tua família, à tua paróquia, ao teu pároco, à tua congregação, aos teus superiores. Os membros das paróquias de São Salvador e de Orgens estão de parabéns, pois é ali que tu realizas o teu estágio pastoral”, afirmou D. António, dizendo que “nunca esquecerei este dia, pois esta é a primeira Ordenação a que presido como Bispo”.
“Somos desafiados a rezar mais e melhor, a fazer sacrifícios, a falar da grandeza e da beleza da vocação”, para termos mais vocações sacerdotais e missionárias, afirmou, dirigindo-se aos presentes.
E terminou covidando a que “em Ano Missionário [façamos] uma verdadeira conversão e uma renovada missão. Seguindo o apelo de São João Batista, o exemplo de São Vicente de Paulo e com Maria de Nazaré, a Mãe de Jesus façamos este caminho de Advento animados pela esperança messiânica: “Vem, Senhor Jesus”! (Ap 22,20).
G.I.