Ana Oliveira, professora da Faculdade de Ciências Humanas da UCP, destaca necessidade de redescobrir propostas de acompanhamento espiritual nas comunidades católicas.
Ana Oliveira, professora da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa (UCP), afirmou que a procura de “conselheiros da felicidade” está muito próxima, na sociedade, do que os católicos podem viver “no seio da Igreja”.
“Os itinerários nos ‘coachs’ estão próximos do que vivemos no seio da Igreja, nos percursos de acompanhamento espiritual”, refere à Agência ECCLESIA.
Ana Oliveira apresenta algumas perspetivas para o ano de 2019, formas de olhar estes 365 dias e de procura da felicidade.
“Muitas vezes temos medo, mas caminhos há… As pessoas fogem deste ambiente de espiritualidade e são capazes de investir num ‘coach’ que, sem tirar o que de positivo pode ter, pode ser desvirtualizador do itinerário de autoconhecimento e conquista de objetivos concretos”, observa.
A docente da UCP defende que, na Igreja Católica, há muitos caminhos para ajudar nesta procura de felicidade e revisão de vida, propósitos muitas vezes colocados no início de cada ano.
“Temos grupos nesse sentido da revisão de vida, grupos de partilha e reflexão e diretores espirituais, que nos poderiam definir melhor o que queremos e o que estamos a viver”, aponta.
Ana Oliveira trabalha diariamente com jovens, quer na Faculdade quer na Paróquia do Campo Grande, em Lisboa, e sente que, ao longo da vida, se vai “perdendo o verdadeiro conceito” de felicidade.
No fundo todos queremos ser felizes, mas a primeira coisa é perguntar o que entendemos por felicidade; para alguns adultos, é um minuto ou um momento, há um lado consciente da felicidade e eu não acredito nisso! A felicidade é um estado, em que 10% é o que não controlamos, mas 90% temos a capacidade de construir, com as nossas circunstâncias: então, ser feliz é uma construção diária e implica escolhas, que têm a ver com as prioridades da vida”.
A conversa com Ana Oliveira é o mote para os programas ECCLESIA desta semana, na Antena 1 da rádio pública, pelas 22h45, de segunda a sexta-feira, que ficam depois disponíveis online.
G.I./Ecclesia:SN/OC