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Mudança para um contexto insular «não será sinónimo de claustrofobia», realça D. Nuno Brás.

O próximo bispo do Funchal, D. Nuno Brás, diz que recebeu a nomeação do Papa Francisco “com muita confiança” e que está apostado em levar o Evangelho às comunidades madeirenses “com coragem e ousadia”.

Em entrevista à Agência ECCLESIA e à Renascença, D. Nuno Brás, que até agora trabalhava como bispo auxiliar no Patriarcado de Lisboa, aborda a mudança para um contexto insular, para destacar que ser ilhéu não será “sinónimo de claustrofobia”, mas antes uma oportunidade para “olhar mais longe”.

Uma caraterística que “marca também a vida das pessoas” do arquipélago madeirense, frisa o bispo, que recorda a “longa história de fé” da Diocese do Funchal, que “celebrou há pouco tempo 500 anos de existência”.

O bispo nomeado para o Funchal, natural do Vimeiro, no Concelho da Lourinhã, enaltece o espírito de “acolhimento” e a devoção religiosa que carateriza “as comunidades madeirenses”, que espera conquistar sendo sobretudo “pastor” e “conhecendo as pessoas, estando com elas”.

“Perceber as famílias cristãs que cuidam dos seus filhos, eventualmente até numa situação de maior pobreza que aquilo que é costume, mas que cuidam dos seus filhos e que transmitem a fé aos filhos. Isso parece-me uma realidade muito bonita, uma riqueza que não podemos desperdiçar”, aponta D. Nuno Brás.

Sobre os desafios que irá encontrar nesta nova missão, aquele responsável expressa a sua “preocupação”, de modo particular nesta altura, para a situação dos emigrantes e lusodescendentes que estão a chegar ou a regressar à Madeira provenientes da Venezuela, devido à crise que afeta aquele país da América Latina.

“Em primeiro lugar é necessário acolher aqueles que necessitarem de ajuda. Depois será importante também desenvolver a cooperação com a Cáritas da Venezuela, enquanto instituição necessariamente credível para apoio às populações madeirenses e não só, que estão a viver momentos de muita dificuldade”, considera D. Nuno Brás.

Nascido a 12 de maio de 1963, D. Nuno Brás da Silva Martins frequentou os Seminários Maiores do Patriarcado de Lisboa (Almada e Olivais), entre os anos 1980 e 1987, tendo sido ordenado sacerdote pelo cardeal-patriarca D. António Ribeiro, a 4 de julho de 1987.

Foi vigário paroquial na Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos, em Lisboa, redator, editor e diretor do Jornal Voz da Verdade, reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, formador e depois reitor no Seminário dos Olivais.

 “Há uma coisa que eu acho que é importante, que é o facto de eu conhecer uma boa parte do presbitério do Funchal, porque ou foram meus colegas ou foram meus discípulos, ou seja, a quem ensinei Teologia, com quem estive nos tempos de Seminário”, admite D. Nuno Brás, que deixa ainda uma mensagem especial ao Patriarcado de Lisboa.

“Claro que agora sou madeirense, mas não posso deixar de olhar para a diocese de Lisboa com muita gratidão. Será sempre a mãe que me gerou para a fé, para o sacerdócio e depois também para o episcopado”, complementa.

D. Nuno Brás integra a Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, da Igreja Católica em Portugal, e desde julho de 2016 é também membro da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé.

Em março de 2018 o prelado foi ainda nomeado coordenador da secção das Comunicações Sociais da Comissão para Evangelização e Cultura, organismo do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE).

O bispo nomeado para a Diocese do Funchal sucede no cargo a D. António Carrilho, que servia as comunidades católicas madeirenses desde 2007.

D. António Carrilho irá agora continuar como administrador apostólico da Diocese do Funchal, até à tomada de posse de D. Nuno Brás, e passará depois para a condição de bispo emérito.

G.I./Ecclesia:JCP

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