Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

“Ao celebrarmos a Solenidade em honra de São Teotónio, padroeiro da nossa Diocese, a Palavra de Deus que escutámos recorda-nos que Ele quer servir-se de cada um de nós para realizar a sua obra de salvação”.

Foi com esta afirmação que D. António Luciano iniciou a sua homilia da Solenidade de S. Teotónio, Padroeiro da Diocese, na Sé, ao final da tarde de segunda-feira.

“São Teotónio, refletindo nos mistérios de Deus com humildade, simplicidade e sabedoria, valorizou a expressão do salmista: “não aspiro coisas superiores a mim”. Hoje estamos aqui a proclamar a sua santidade, a sua sabedoria, os feitos dos homens ilustres, a celebrar os louvores de Deus. Irmãos e irmãs como dizia o Evangelho de São Mateus, só Deus é o verdadeiro e o único Pai do Céu, que cuida de cada um de nós. “Não vos deixeis tratar por Mestres, porque um só é o vosso ‘Mestre’ e vós sois todos irmãos”(…) “um só é o vosso pai, o Pai Celeste”.

São Teotónio soube bem mostrar com a sua vida o que significa ser filho de Deus: “quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado” (Cf. Mt 23, 8-12).”, recordou D. António Luciano, acrescentando que “Deus deu a São Teotónio a inteligência para saber acolher a verdadeira sabedoria de Deus e rejeitar a sabedoria do mundo”.

“É assim que eu vislumbro a pessoa, a vida, o sacerdócio e o ministério de São Teotónio. O grande Prior da Sé de Viseu, o nosso Santo padroeiro e protetor. Um buscador de Deus, um andarilho de Deus, um peregrino apaixonado por Deus, alguém que esteve atento ao chamamento de Deus, mas também às mediações da Igreja”, confessou o nosso Bispo, recordando que “nasceu no ano de 1082, no século XI em Ganfei, concelho de Valença, junto da vizinha Espanha, filho de Ovaco e Eugénia, pessoas boas e honestas, nasceu no seio de uma família cristã, que o adornou de virtudes e bons exemplos. Eis aquilo que nos faz falta nos dias de hoje, famílias boas com valores humanos, morais e cristãos. […]Teve uma juventude alegre, feliz e exemplar, um modelo de vida para ser imitado pelos nossos jovens  de hoje.

Jovens: desafio-vos a conhecerdes São Teotónio. Também foi um jovem e um aventureiro como vós. Inspirai-vos nele”, apelou.

“Como sacerdote no ano de 1110, quando tinha cerca de trinta anos, o Bispo de Coimbra D. Gonçalo, confiou-lhe o cargo de Prior da Sé de Viseu, onde desenvolveu uma vida pessoal de santidade notável e uma experiência pastoral de caridade tão benéfica, de que a Igreja de Viseu, hoje tanto se orgulha”, recordou à assembleia reunida para celebrar S. Teotónio, que D. António Luciano apresentou como “pastor bom, zeloso e insigne distinguindo-se pela sua bondade, humildade, mansidão, inteligência, grande atividade pastoral, estudioso da palavra de Deus que pregava “oportuna e inoportunamente”, mestre de oração para o seu povo, pois a todos estimava e dava bom exemplo. Cultivou a proximidade e a empatia com todos, distinguindo-se pela sua ação junto dos pobres e dos doentes. Viveu, então nesta cidade dias felizes de paz e tranquilidade”.

D. António recordou que “depois de duas peregrinações à Terra Santa, regressou a Viseu despedindo-se das suas gentes no ano de 1131, voltando para Coimbra para a construção do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, que fundou com onze companheiros e do qual foi o primeiro Prior, seguindo a Regra de Santo Agostinho e onde faleceu em 1162.

O nosso Bispo lembrou que “todos na Igreja somos chamados à santidade, os pastores e os fiéis. […] São Teotónio aponta-nos este caminho de santidade que apesar das vicissitudes da vida, nos ensina que este é um caminho possível para todos” […], acrescentando que “somos chamados a viver a contemplação mesmo no meio da ação, e santificamo-nos no exercício responsável e generoso da nossa missão” ( Francisco, GE nº 26) […]e que “a santidade não te torna menos humano, porque é o encontro da tua fragilidade com a força da graça. No fundo como dizia León Bloy, na vida “existe apenas uma tristeza: a de não ser santo” ( Francisco, GE nº 34).

Lembrou ainda que “uma Igreja diocesana que quer imitar o exemplo de fé, os ensinamentos e o testemunho inigualável de São Teotónio deve olhar para ele como alguém que progrediu no caminho da santidade, desafiando cada um de nós no amor ao estudo da Sagrada Escritura. […] Para ele servir a Deus era servir os pobres, e servir os pobres era fazer a vontade de Deus. O serviço à causa do anúncio do Evangelho completava-se no cuidado pelos pobres e pelos mais necessitados”.

Pedindo a protecção de São Teotónio para “todos os fiéis, Bispos, sacerdotes, religiosos, consagrados e leigos, todos os que estão investidos em autoridade na Diocese”, D. Antóni recordou que “Ele convida-nos a termos a coragem de deixar a mediocridade, a superficialidade e o individualismo da nossa vida para nos entregarmos à causa de Deus com alegria”.

Dirigindo-se aos Diáconos Permanentes e aos futuros Diáconos” a quem dou uma palavra de estima e estímulo no exercício do seu ministério”, recebeu a renovação das promessas que os diáconos permanentes fizeram no dia da sua Ordenação Diaconal, desejando-lhes “as maiores graças de Deus e o dom da fidelidade à sua vocação” e convidando-os “a continuarem disponíveis  para servir a Igreja de Cristo como fez São Teotónio, quer seja no anúncio da Palavra, no serviço do altar, ou no cuidado dos pobres e dos doentes”.

D. António Luciano terminou a sua homilia, dirigindo-se às esposas dos diáconos permanentes: “agradeço a Deus o dom das vossas esposas aqui presentes e dos vossos familiares” e convidou “todo o povo de Deus, Bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados, religiosas e leigos a pedirmos a Deus o dom de boas famílias e muitas vocações sacerdotais, diaconais, à vida consagrada e laicais para uma verdadeira renovação da nossa Diocese. Amem!”

G.I./J.B.:PBA

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