Cáritas portuguesa e venezuelana juntas «pela defesa dos Direitos Humanos».
A Cáritas Portuguesa informa que vai enviar 55 mil euros para apoiar o projeto ‘Nutrir com Esperança’ de “combate” à subnutrição infantil e em mulheres grávidas da sua congénere na Venezuela.
“Só com este apoio é possível fornecer cuidados primários e um acompanhamento permanente à população mais vulnerável”, disse o presidente da instituição portuguesa, Eugénio Fonseca, da solidariedade dos portugueses.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a Cáritas Portuguesa informa que angariou 30.000,00€ (trinta mil euros), através da ‘Operação 10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz’, iniciativa anual pública no tempo do Natal, e a Diocese do Porto ofereceu 25.000,00€ (vinte e cinco mil euros) que totaliza os 55 mil euros que vão ser doados para o projeto ‘Nutrir com Esperança’ que tem um valor total de 72.487,00€ (setenta e dois mil, quatrocentos e oitenta e sete euros).
“Um símbolo inequívoco de proximidade e comunhão que confere esperança”, afirma a Igreja Católica na Venezuela sobre este apoio da Igreja e da sociedade portuguesa.
‘Nutrir com Esperança’ vai apoiar “um total de 1000 crianças e mulheres grávidas e lactantes” – 800 para avaliação de estado nutricional e 200 em situação de subnutrição aguda ou severa – na Venezuela.
Segundo a organização caritativa portuguesa, através da Cáritas Venezuela vão ser ainda realizados 150 encontros de formação para “reforçar as capacidades dos grupos comunitários e das Cáritas paroquiais em questões de saúde e nutrição”, para dar resposta aos “graves problemas” sentidos pelos mais vulneráveis da população do país sul-americano.
“Os venezuelanos vivem hoje uma situação drástica, dramática e de extrema gravidade causada pelo desrespeito aos seus direitos e da sua qualidade de vida, resultantes numa pobreza crescente, naquela que é a mais alta inflação do mundo”, disse a diretora da Cáritas Venezuela.
Janeth Marquez identifica várias carências como “ausência de água potável, falhas constantes do sistema elétrico, a perda do poder de aquisição, a deterioração do sistema de saúde, a escassez de alimentos e medicamentos, os serviços públicos colapsados”, entre outros.
“Podemos dizer que o nosso país atravessa a pior das crises nos âmbitos político, social, económico e moral”, salienta a socióloga, divulga a Cáritas Portuguesa no Dia Mundial da Justiça Social 2019.
G.I./Ecclesia:CB