D. Amândio Tomás diz que a diocese está empenhada em apurar a verdade.
O bispo de Vila Real disse hoje à Agência ECCLESIA que decidiu suspender preventivamente um sacerdote diocesano do ministério público, após determinar uma “investigação prévia” sobre um alegado caso de abuso de menores.
“Ultimamente, surgiu uma notícia-bomba, diríamos assim, no Observador, que motivou que nós empreendêssemos uma investigação prévia para nos inteirarmos da verdade”, referiu D. Amândio Tomás.
O processo diz respeito a um padre que teve uma filha em 2014; segundo o Observador, este envolvimento do sacerdote teria começado quando a jovem tinha 14 anos de idade.
O bispo de Vila Real precisa que o padre foi “retirado das paróquias”, por si, e “livremente, foi para o Canadá, trabalhar para uma paróquia com portugueses”.
“Decretei que ele deveria voltar a Portugal, para se defender, indicar-nos a residência onde se encontrasse, para ser ouvido, e ficar suspenso do exercício público do ministério sacerdotal, enquanto a situação não se aclarar”, acrescentou.
Depois da averiguação interna, explica D. Amândio Tomás, os resultados serão enviados para a Santa Sé, especificamente para a Congregação da Doutrina da Fé, com competência específica nestes casos.
O processo decorre a nível eclesiástico; a nível civil, um eventual crime já se encontraria prescrito.
Segundo o Direito Canónico, os casos de abusos sexuais de menores prescrevem 20 anos após a vítimas terem atingido a maioridade (aos 38 anos de idade).
G.I./Ecclesia:PR/OC