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Papa Francisco reza por vítimas de atentados «desumanos» na Nigéria e Mali.

O Papa assinalou hoje no Vaticano a jornada em memória dos “missionários mártires” e falou num “calvário” de perseguição aos cristãos, que em 2018 provocou a morte de 40 agentes pastorais, quase o dobro em relação ao ano anterior.

“Em todo o mundo, numerosos bispos, sacerdotes, religiosos e leigos foram alvo de violência”, disse, desde a janela do apartamento pontifício.

Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação do ângelus, Francisco convidou a “recordar este calvário contemporâneo de irmãos e irmãs perseguidos ou mortos por causa da sua fé em Jesus”.

Segundo o Papa, este é um “dever de gratidão”, por parte de toda a Igreja, e um “estímulo para testemunhar com coragem a fé e a esperança naquela que, sobre a Cruz, venceu para sempre o ódio e a violência com o seu amor”.

A intervenção evocou as vítimas dos “atentados desumanos” que aconteceram na Nigéria e no Mali.

“Que o Senhor acolha estas vítimas, cure os feridos, console os familiares e converta os corações cruéis. Rezemos”, pediu, antes de recitar uma Ave-Maria com os peregrinos, no Vaticano.

A violência de grupos terroristas islamitas na Nigéria, como o Boko Haram, provocou a morte de mais de 100 pessoas e a destruição de dezenas de casas de cristãos, nos últimos dois meses.

No Mali, 21 soldados foram mortos a 17 de março, num ataque a uma base militar em Dioura, levado a cabo por um grupo terrorista de ‘jihadistas’.

Francisco evocou, depois, a beatificação do médico e mártir espanhol Mariano Mullerat i Soldevila, que apresentou como “um exemplo” de perdão.

O leigo católico foi fuzilado em 1936, por causa da sua fé, e o seu corpo queimado, durante a Guerra Civil espanhola.

“Que ele interceda por nós e nos ajude a percorrer os caminhos do amor e da fraternidade, apesar das dificuldades e das tribulações”, declarou o Papa.

O pontífice deixou ainda votos de que as conversações de paz iniciadas a 27 de fevereiro, na Nicarágua, para “resolver a grave crise sociopolítica” no país da América Central possam chegar, “quanto antes, a uma solução pacífica para o bem de todos”.

A catequese inicial falou da importância da Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa, como percurso de “conversão”, na vida pessoal e social.

“Que a Virgem Maria nos ajude a viver estes dias como um tempo de renovação espiritual e de abertura confiante à graça de Deus e à sua misericórdia”, disse.

Antes de despedir-se dos peregrinos e visitantes, o Papa recordou que vai assinar na segunda-feira a nova Exortação Apostólica pós-sinodal, em forma de “Carta aos Jovens”, com o título ‘Vive Cristo, esperanza nuestra’ (Vive Cristo, a nossa esperança).

O documento dá continuidade à assembleia do Sínodo dos Bispos dedicada às novas gerações, que decorreu no Vaticano, em outubro de 2018.

A assinatura vai decorrer, por decisão de Francisco, na solenidade da Anunciação do Senhor, durante uma visita ao Santuário Mariano de Loreto, na Itália.

“Peço a vossa oração, para que o ‘Sim’ de Maria se torne o ‘Sim’ de tantos de nós”, concluiu.

G.I./Ecclesia:OC

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