A Entrada Triunfal de Jesus na cidade de Jerusalém foi recordada em Viseu, no Domingo de Ramos, no passado dia 14 de abril, por D. António Luciano, como um momento para lembrar que “Cristo está vivo e nos convida a todos a levar sem medo o espírito missionário”.
A chuva que esteve presente naquela manhã não demoveu as centenas de pessoas que estiveram no Adro da Sé para a tradicional bênção dos ramos, a primeira em que participou D. António Luciano como Bispo de Viseu. O Cónego António Jorge, mestre de cerimónias, e o Cónego Manuel Matos, Pároco da Sé, acompanharam a celebração, auxiliados pelos escuteiros do Agrupamento n.º 102 de Santa Maria de Viseu.
A cerimónia da bênção começou em frente à Catedral, com a Igreja da Misericórdia por detrás onde fora colocado um pequeno altar. O Bispo da Diocese voltou a saudar os fiéis (já o tinha feito quando ali chegou minutos antes) e depois de benzer os ramos, em duas voltas ao Adro, referiu que “Cristo é um rei que se fez pequenino” e que “o caminho da fé cristã é um caminho de fé, de morte, mas também de esperança”. Nesse sentido, D. António Luciano pediu aos fiéis para abrirem “de par em par as portas de Cristo” e para renunciarem ao pecado como uma mudança para “uma vida nova”.
A celebração continuou no interior da Sé com as leituras (Isaías e São Paulo) e o Evangelho (São Lucas). Na homilia, D. António Luciano sustentou que neste contexto da Páscoa “podemos ter duas atitudes: ou avançar ou renegar o caminho que Ele trilhou”, recordando que “Aquele que passou a vida a fazer o bem deu a vida por nós”, num “sinal de obediência”.
O Bispo da Diocese lembrou o Dia Mundial da Juventude (DMJ), assinalado nesse domingo, e atendeu aos jovens para lhes dizer: “deixai que Cristo viva dentro de vós”. Em seguida, o Prelado lembrou o tema daquele DMJ (‘Faça-me em mim segundo a Tua Palavra’) evidenciando a força do espírito de Nossa Senhora em atender a vontade de Deus. “Se nós não fizermos esta experiência de entrega não somos verdadeiros cristãos”, frisou D. António Luciano.
Recordados irmãos da Venezuela, de Moçambique e refugiados
Na fase final da sua alocução, já depois de recordar algumas passagens da Paixão de Cristo, D. António Luciano enalteceu a importância da Cruz e do Crucificado como sendo “um livro aberto”, pois “é na Cruz que Jesus Se oferece e Se revela”. “A Cruz é a vitória do amor sobre o ódio, da paz sobre a violência”, enfatizou.
D. António Luciano atendeu à “oportunidade de partilhar a alegria do Evangelho” para afirmar que “Cristo está vivo” e lembrou, em seguida, “os irmãos da Venezuela, povo sem pão”, o “povo irmão de Moçambique” e “o êxodo de todos os refugiados”.
Antes do final da celebração o Cónego Manuel Matos lembrou o programa da Semana Santa e D. António Luciano congratulou especialmente os jovens presentes, e lembrou que os adultos devem “ajudar os jovens a ter discernimento nas suas vidas”, concluiu.
G.I./J.B.:PBA