Intervenção na assembleia de catequistas destacou «originalidade cristã» do primeiro dia da semana.
O cardeal-patriarca de Lisboa pediu “criatividade” aos responsáveis pelas comunidades católicas para evitar a descaraterização do domingo, que considerou uma “originalidade cristã”.
“Temos de ser muito criativos para não deixarmos o domingo ser engolido pelo fim de semana”, disse D. Manuel Clemente, este domingo, na homilia da Missa conclusiva da assembleia de catequistas do Patriarcado de Lisboa.
A iniciativa, que decorreu na Igreja de São Miguel, em Sintra, teve como tema ‘Celebrar o encontro com Jesus Cristo’.
O cardeal-patriarca sublinhou a identidade do domingo como “primeiro dia da semana”, que “dá sentido a todos os outros”.
“É algo que chama a nossa criatividade, de renovar as coisas” para que recuperem o seu “pleno sentido”, apelou.
Como exemplo, D. Manuel Clemente falou de comunidades em que a celebração mais participada está a deslocar-se “para o final do domingo”.
“São formas várias, que poderemos ir descobrindo e ativando, também de uma maneira intercomunitária”, precisou.
O responsável evocou o “valor que os primeiros cristãos tiveram” de sublinhar o dia da ressurreição de Jesus, alertando para os locais em que as comunidades católicas são impedidas ou correm risco com a celebração da Missa dominical, como aconteceu com os “atentados atrozes” da Páscoa, no Sri Lanka.
D. Manuel Clemente disse ainda que, em termos de “organização e de sociedade”, é preciso garantir o “direito” ao descanso.
A assembleia contou com três percursos formativos, com temas tais como ‘Missa com crianças’, ‘Adoração eucarística’, Celebrações da Catequese’, ‘Iniciação à oração na infância’, ‘Educar para o silêncio’ ou ‘Oração em família’, entre outros.
O cardeal-patriarca agradeceu a quem organizou este “dia muito bonito”, sublinhando a importância do “encontro mútuo”.
“A catequese é o Evangelho na sua primeira fronteira”, concluiu.
G.I./Ecclesia:OC