«A coragem de arriscar pela promessa de Deus» é o tema escolhido para 2019.
A Igreja Católica em Portugal vai promover uma semana de atividades para desafiar os jovens à descoberta da sua vocação, entre 5 e 12 de maio, este ano com o tema ‘A coragem de arriscar pela promessa de Deus’.
A Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios (CEVM) preparou um guião para a 56ª Semana de Oração pelas Vocações, sublinhando a “incontornável dimensão vocacional da vida de cada ser humano” e convidando a rezar pelas vocações no seio da Igreja (matrimónio, sacerdócio, vida consagrada e vida laical).
O guião começa com a mensagem que o Papa publicou para esta semana, realçando a necessidade de comunidades católicas que ajudem os jovens a escolher a sua vocação e fomentem “ocasiões de escuta e discernimento”.
“Há necessidade duma pastoral juvenil e vocacional que ajude a descobrir o projeto de Deus, especialmente através da oração, meditação da Palavra de Deus, adoração eucarística e direção espiritual”, escreveu Francisco.
As propostas divulgadas pela CEVM, e preparadas pelo Departamento Pastoral Vocacional da Arquidiocese de Braga, sublinham a “centralidade de que se deve revestir a Pastoral Vocacional no coração de cada comunidade e de cada ação pastoral”.
Os subsídios oferecem um hino e respetivo videoclipe, com letra do cónego João Aguiar Campos; uma proposta de momento cultural, com referência a três filmes; momentos de oração em diferentes contextos e dedicados a várias faixas etárias; ações de formação, dirigidas, em primeiro lugar, a agentes de pastoral (sacerdotes, catequistas, coordenadores de grupos de jovens, coordenadores de acólitos, chefes de guias de Portugal, chefes de escuteiros, professores de EMRC).
A CEVM propõe ainda a realização de uma Peregrinação Vocacional e a visita a um Seminário ou Instituto Religioso.
Em fevereiro, a Igreja Católica em Portugal publicou os dados mais recentes do número de alunos nos Seminários, que indicam um crescimento relativamente aos últimos anos.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o secretário da CEVM destacou uma estatística que representa para a Igreja Católica “uma esperança”, no meio de uma certa “visão fatalista” diante dos casos mediáticos em que tem estado envolvida, mas significa também “um desafio para que a formação seja cada vez mais eficaz”.
“Se há jovens que continuam a confiar na Igreja, nós temos que merecer esta confiança e naturalmente tem que aprimorar a sua formação sobretudo em duas dimensões: a humana e afetiva e depois na formação permanente, contínua, que no passado por vezes ficou um pouco esquecida”, realçou o padre José Alfredo da Costa.
Existem atualmente 580 adolescentes, jovens e adultos a frequentarem as diversas instituições formativas e vocacionais da Igreja Católica no país; o número é mais elevado quando são tidos em conta os alunos provenientes de dioceses estrangeiras, passando para 595.
Em 2012, a estatística nos Seminários era de 474 alunos, o mínimo do século XXI, mas desde então o número de candidatos voltou a crescer e a aproximar-se de dados de outras épocas, como em 2000, quando o total era de 547.
No que toca à realidade de cada diocese, Lisboa (109), Porto (89) e Braga (62) permanecem como os territórios com mais prevalência de vocações, seguidas de perto por congéneres como Angra (47), Aveiro (46), Setúbal (40) e Viana do Castelo (40).
G.I./Ecclesia:JCP/OC