O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cumpriu, no passado dia 19 de junho, a promessa de estar na reabertura da Farmácia da Lajeosa, Lajeosa do Dão, concelho de Tondela, que ficou totalmente destruída pelos incêndios de 2017.
Marcelo evocou a memória dos que faleceram naqueles trágicos dias 15 e 16 de outubro, mas referiu que muito ainda é preciso fazer para não esquecer “os vários portugais”. “Uma palavra para o papel das farmácias por todo o país, mas sobretudo nos ‘portugais’ que são, muitas vezes, mais esquecidos por quem vive no Portugal que aparece mais vezes na televisão, na rádio e nos jornais. Há esses ‘portugais’ esquecidos, e é fundamental que a saúde esteja presente nesses ‘portugais’ esquecidos, sobretudo num país como o nosso que, infelizmente, ainda continua a envelhecer”, sustentou o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que a saúde deve estar disponível a todos, pelo que registou com agrado a existência da farmácia da Lajeosa na área onde se encontra. “Para toda a população, os mais novos e os mais velhos, esta extensão de saúde é uma garantia fundamental de que não vamos ter no nosso país, mais do que já temos, portugueses de primeira, segunda, terceira e quarta. Não pode ser. Temos de caminhar para serem todos portugueses de primeira, porque é isso que é, verdadeiramente, a igualdade”, registou o Presidente da República.
Por seu turno, Hugo Ângelo, proprietário e diretor técnico da Farmácia da Lajeosa, mostrou-se igualmente satisfeito por esta reabertura, referindo que “este novo espaço corresponde a um apoio importante, muito significativo, da parte de várias entidades. Houve também um investimento pessoal nosso na aquisição deste terreno, na construção, porque acreditamos que a população da Lajeosa merece o melhor. Isto é uma das características da rede das farmácias, que reforça a coesão territorial”.
Recorde-se que a farmácia da Lajeosa funcionou, desde o dia seguinte aos incêndios, provisoriamente em instalações da Junta de Freguesia. A farmácia conseguiu obter um apoio de 200 mil euros, de uma candidatura ao ‘programa Repor’, para construir o novo espaço.
G.I./J.B.:PBA