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Papa Francisco deixou mensagens dedicadas à reconciliação, às vítimas da pobreza e dos desastres naturais.

O Papa fez uma visita de três dias a Moçambique, centrada na necessidade de uma “nova página” na história do país lusófono, que promova uma viragem definitiva para um futuro democrático e de paz.

“Guardai a esperança; não deixeis que vo-la roubem. E não há melhor maneira de guardar a esperança do que permanecer unidos, para que todos aqueles motivos que a sustentam se consolidem sempre mais num futuro de reconciliação e de paz em Moçambique”, disse, no final da Missa a que presidiu no Estádio Nacional do Zimpeto, perante dezenas de milhares de pessoas.

Francisco agradeceu a todas as pessoas envolvidas na organização da viagem e a “fraterna hospitalidade” do povo moçambicano, com uma palavra especial para o presidente Filipe Nyusi.

A viagem pontifícia, iniciada esta quarta-feira, aconteceu 31 anos depois da visita de São João Paulo II a Moçambique.

Na sua passagem pelo país, Francisco evocou as vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, apelando ao apoio da comunidade internacional para a “necessária reconstrução” das regiões afetadas; o Papa recebeu como presente uma cruz feita de madeira recuperada de casas destruídas nestas calamidades.

No seu primeiro discurso em Maputo, o pontífice manifestou o seu reconhecimento pelos esforços em favor da paz e pelo fim “das hostilidades militares entre irmãos moçambicanos”.

Mais tarde, num encontro inter-religioso com jovens, no Pavilhão de Maxaquene, evocou a história de superação de Eusébio, desafiando todos a um compromisso conjunto pela paz no país.

“Sois o palpitar deste povo, onde cada qual desempenha um papel fundamental, num único projeto criador, para escrever uma nova página da história, uma página cheia de esperança, paz e reconciliação”, declarou.

Após referir-se pela primeira vez aos ataques na província de Cabo Delgado, o Papa reforçou os apelos à reconciliação e o perdão, para fechar feridas do passado e rejeitar qualquer tentação de “vingança” através das armas.

“Nenhuma família, nenhum grupo de vizinhos ou uma etnia e menos ainda um país tem futuro, se o motor que os une, congrega e cobre as diferenças é a vingança e o ódio”, observou.

Em momentos mais reservados do seu programa, Francisco visitou o Hospital do Zimpeto, em Maputo, onde se encontrou com doentes assistidos pela comunidade católica de Santo Egídio, que oferece tratamento gratuito a pessoas com HIV/Sida, bem como a “Casa Mateus 25″, uma instituição da Igreja Católica dedicada à população desfavorecida de Maputo, que agrega várias congregações religiosas, sob coordenação da Nunciatura Apostólica.

A agenda incluiu um encontro na Catedral de Maputo, com membros do clero e de institutos religiosos, seminaristas, catequistas e animadores.

A quarta viagem de Francisco ao continente africano prossegue até ao dia 10 de setembro, com passagens por Madagáscar e a Maurícia.

G.I./Ecclesia:OC

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