Dia de Oração pelo Cuidado da Criação «surge» com uma «oportunidade extraordinária»
A Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, da Igreja Católica em Portugal, da qual faz parte o nosso Bispo D. António Luciano, afirma que surge com “uma oportunidade extraordinária” o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, a 1 de setembro, no contexto da pandemia Covid-19.
“Extraordinários são os meses que temos vivido desde março, marcados pela incerteza e pelo medo, às vezes pela angústia, pela aflição e pela dor de tantos”, explica numa breve nota sobre o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação.
A Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, da Conferência Episcopal Portuguesa, salienta que este tempo da pandemia originada pelo coronavírus Covid-19 também tem sido “marcado pelo cuidado com os mais frágeis” e são “tantos exemplos” que se conhecem, direta ou indiretamente.
“Vidas vividas na entrega aos outros, vidas dadas para que os outros vivam também. Mas também sabemos de situações em que a falta de esperança parece ter poder para fechar os corações, deixando-nos indiferentes à sorte e ao sofrimento dos outros”, observa.
A Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana recorda que o novo coronavírus “encontrou grandes desigualdades e discriminações no seu caminho devastador; e aumentou-as”, citando o Papa Francisco na audiência geral de 19 de agosto.
“O novo estilo de vida que procuramos deixou de ter o carácter opcional”, afirma a comissão e assinala que a encíclica social e ecológica ‘Laudato Si, assinada pelo Papa há cinco anos (24 de maio de 2015), apresenta “diversas propostas concretas, todas oportunas, muitas delas urgentes”.
A Igreja Católica está a viver um ano dedicado à encíclica ‘Laudato si’, promovido pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé) até ao dia 24 de maio de 2021, e a comissão da Conferência Episcopal Portuguesa “deseja” a todas as comunidades cristãs que “seja rico de concretizações nas suas vidas concretas”.
“Convida-as a dar graças a Deus pela Criação e a pedir ao Criador a conversão dos nossos corações e a dos corações daqueles de quem dependem as efetivas mudanças nas políticas públicas”, acrescenta a Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.