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Observatório Pastoral

 

“Não nascemos cristãos, tornamo-nos cristãos”, escrevia um autor cristão no início do séc. III. Para ser cristão é necessário receber a fé e o batismo: «Sacramento daquela fé pela qual os homens, iluminados pela graça do Espírito Santo, respondem ao Evangelho de Cristo» (Ritual da Iniciação Cristã, 2), são inseridos na Igreja e renascem para uma vida nova. Este é um dom que vem do Alto (cf. diálogo com Nicodemos Jo 3,5-7), que liberta o Homem das trevas, unindo-o a Cristo para, com Ele, morrer e ressuscitar para a vida plena. O batismo e todos os sacramentos fundam a sua matriz na Páscoa de Cristo, daí, a Vigília Pascal ou o domingo, páscoa semanal, serem o tempo oportuno para a sua celebração, em razão do seu significado: é Vida Nova.

«Antes da celebração do sacramento, é muito importante que os pais, movidos pela sua fé ou ajudados por amigos ou outros membros da comunidade, se preparem para uma celebração consciente» (RBC 5,1). Será desejável que exista um grupo de preparação para o Batismo: CPB, à semelhança do CPM para o matrimónio.

O Batismo está envolto de uma ritualidade de belo e profundo simbolismo catequético e litúrgico. Apesar das naturais variantes rituais, entre o batismo de crianças e de adultos, são comuns, no essencial, os gestos celebrativos: ritos de acolhimento; liturgia da Palavra; liturgia do rito batismal; conclusão e bênção final.

O primeiro ato ritual é o acolhimento que deverá assumir um carácter não de excessivo ritualismo formalista, mas de cordial alegria, quer com os catecúmenos, quer com os pais das crianças, padrinhos e familiares. Sendo o momento de acolhimento e de festa para a Igreja e para a família reunida, sugere-se que, natural e espontaneamente, se faça à porta da igreja (cf. RB 35), podendo, quem preside, utilizar as palavras prescritas no ritual ou outras no mesmo sentido.

Após a receção e saudação inicial, a indicação do nome, pelos pais, estes, juntamente com os padrinhos, declaram a intenção de assumir os deveres da educação cristã da criança, com o que tal implica. O acolhimento na Igreja, não só naquela comunidade paroquial, mas na Igreja Universal, é expresso com a marcação na fronte do sinal da cruz. A liturgia da Palavra, segundo momento, fará luz sobre a importância do Batismo e suas consequências.

 

P. José Henrique Santos
CategoryDiocese, Pastoral

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