Na manhã de 25 de maio, no auditório do Centro Pastoral da Diocese, o Clero da Diocese de Viseu reuniu em grande grupo, convocado pelo Secretariado do Clero.
Após a oração inicial, o Bispo da Diocese agradeceu aos presentes e lembrou os “avanços e retrocessos” vividos durante este tempo, pelos confinamentos e desconfinamentos. Lembrando a regra beneditina, D. António Luciano afirmou “chame-se o povo e escute-se”, antes de lembrar três pontos fulcrais: Discernimento, Fidelidade na perseverança e Desafios.
O Padre Amaro Gonçalo, da Diocese do Porto, convidado a partilhar experiências e a lançar desafios, começou por se afirmar como “um pároco, com quase 30 anos de experiência, que procura refletir, pensar, atuar…”
Partindo da própria experiência vivida, na sua paróquia da Senhora da Hora, lembrou que “na pastoral, vamos mais por empurrão do que por convicção”, por vezes. E afirmava: “é preciso descobrir a realidade”.
Aprofundou algumas questões concretas, como as incertezas causadas pela pandemia, que leva a “não programar”, por vezes, mas a viver o momento, na atenção e acolhimento das pessoas. Lembrou a redescoberta da família como igreja doméstica e dos pais como ministros do culto familiar, concretizando mesmo com as famílias que começaram a rezar durante este tempo. Também recordou a necessidade de preparar as comunidades para a mudança, muito mais predispostas pelas mudanças impostas pela pandemia. E reafirmou a presença e a oportunidade de estar com as pessoas no luto.
Deixou, por fim, 7 desafios: Conversão Ecológica para uma nova aliança com a Criação; Caridade pessoal e eclesial; Cultura do cuidado; Coragem criativa (dividida em 4 pontos: renovada ministerialidade; papel dos jovens; novos percursos de iniciação e formação cristã; potenciar a igreja doméstica); Comunidade tecida por novos fios de ligação; Corporeidade, para uma presença de corpo e alma; Comunicação nos ambientes digitais.
E concluía “é preciso olhar o futuro com esperança”, sabendo interpretar os sinais dos tempos.