Observatório Pastoral
Este foi o tema do 52º Congresso Eucarístico Internacional, que se realizou, nos dias 05 a 12 de setembro, em Budapeste, na Hungria.
A este congresso acorreram representantes de vários países e continentes. Representantes de variadas vivências litúrgicas; movimentos e particularmente os ortodoxos. Mas todos unidos na mesma mesa onde apesar das diferenças todos somos irmãos e todos formamos um só corpo na Eucaristia.
O dia a dia do congresso tinha início com a celebração das Laudes, seguida de uma catequese, terminando com um momento de testemunho. Após período do almoço um workshop em que os participantes ao congresso escolhiam um, segundo os temas que eram apresentados para cada dia do congresso. Três momentos grandes e intensos na beleza e na espiritualidade; a missa paroquial, presidida pelo Sr. Bispo de Bragança-Miranda, para os participantes de língua portuguesa; a Santa Missa em frente ao parlamento Húngaro seguida da procissão eucarística, percorrendo algumas ruas da cidade terminando na Praça dos Heróis. Nesta Santa Missa e na ação de graças entoaram o “Avé de Fátima”, momento muito sentido particularmente para nós portugueses. A Santa Missa de Clausura presidida pelo Papa Francisco, foi uma ocasião especial e festiva.
Todos os atos litúrgicos, foram expressão da beleza da dignidade e espiritualidade, seja no canto, na música e no decorrer das celebrações.
Ao longo do congresso vários eventos culturais foram acontecendo pela cidade; concertos, danças, cantores, feiras que mostravam a riqueza cultural deste país. No sábado durante a manhã na ilha margarida, realizou-se a festa das famílias, com workshop e eventos lúdicos.
Todas as nossas minhas fontes estão em ti!
Lema tirado do Salmo 87,7, o salmista canta com alegria proveniente da fé de que Deus é a fonte de tudo. O encontro da samaritana com Jesus ensina-nos que Ele é a fonte de água que jorra para a vida eterna.
A fonte do Batismo também é maravilhosa; ela é a fonte da vida nova, da vida da graça, dado que é um banho de graça, de renascimento e de renovação. Por seu lado a Eucaristia é o pão da vida, o alimento para o crescimento da vida no Filho de Deus. Jesus oferece-nos o Seu corpo ressuscitado como sacrifício pela vida do mundo: assim permanece em nós e nós n’Ele. Jesus oferece o seu corpo e sangue, o mesmo que dizer, como verdadeira comida e bebida, para que ao tomarmos possamos viver para sempre.
Como reafirma o documento conciliar Lumen Gentium, no número 11, “pela participação no sacrifício de Cristo, fonte e centro de toda a vida cristã, oferecem a Deus a vítima divina e a si mesmos juntamente com ele”. Por sua vez o documento Sacrossanctum Concilium, no número 10, reafirma que “da Liturgia, em especial da Eucaristia, corre sobre nós, como de uma fonte a graça, e por meio dela conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus”. A Eucaristia é a fonte para que todos possamos beneficiar, mediante a celebração da Eucaristia, na Comunhão e na adoração eucarística.
A comunhão não nos une só com Cristo, mas também com a Igreja. A participação na Eucaristia, para além de ser como fonte da comunidade eclesiástica, nos tempos de hoje rem um significado mais profundo na situação actual da Igreja no mundo, no sentido de promover a reconciliação e a unidade entre povos e nações. A Eucaristia é realmente uma das fontes mais importantes da nossa vida e missão cristã. Tem uma especial relevância para a Igreja, a comunidade dos crentes em Cristo, porque donde se celebra a Eucaristia aí está a Igreja.