Open/Close Menu A Diocese de Viseu é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal

Este é um momento de chamamento em alegria pascal, para iniciamos juntos a Caminhada Sinodal na nossa querida Diocese de Viseu. Todos juntos: Bispo, presbíteros, diáconos, religiosos, religiosas, consagradas, consagrados e leigos.

Todos unidos em comunhão espiritual e eclesial com o compromisso e o testemunho de em comunhão todas as Igrejas particulares do mundo, confiarmos no Senhor para multiplicar junto dos fiéis, muitos grupos de reflexão e discernimento sinodal.

Unidos na fidelidade à Igreja de Jesus Cristo, seguindo os apelos e o convite do Papa Francisco, somos a Igreja que caminha junta em Viseu, rumo a outubro de 2023, vislumbrando o horizonte com ousadia e confiança, com esperança e alegria, com fortaleza e graça, a sentir o desejo de aprender a “caminhar juntos”. O povo fiel com os seus pastores caminha agora ao encontro de Deus, de todas as pessoas e do mundo sedento, que está à nossa espera e precisa de nós.

O início do Sínodo dos Bispos em cada Diocese é uma graça, um “aggiornamento”, uma lufada de ar puro, santo e fresco, que quer tocar e transformar o nosso coração, a nossa vida e todo o nosso agir pastoral.

A “Comunhão, participação e missão” são as três colunas visíveis sobre as quais deve assentar o processo sinodal de toda a Igreja, nas três fases previstas: a diocesana, a continental e a universal, entre o mês de outubro de 2021 a outubro de 2023, ano da celebração da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa de 1 a 6 de agosto.

O Sínodo é um caminho que deve ser feito num “dinamismo de escuta recíproca”, este foi um dos requisitos mais destacados pelo Papa Francisco, no seu discurso aos fiéis da Diocese de Roma, no passado dia 18 de setembro.

Todos sem exceção, devem “inter-escutar-se”, de portas e janelas escancaradas, de coração purificado, para colocar-se em atitude de escuta da Palavra de Deus, para abrir a sua vida e o coração à ação renovadora do Espírito Santo, que como a brisa suave e “como o vento sopra onde quer, como quer e quando quer” (cf. Jo,3-8).

É preciso fazer de modo contínuo o exercício de “escutar”, depois segue-se o “diálogo e o discernimento comunitário” como oportunidade e desafio para “caminhar juntos”. Temos diante de nós um caminho longo a percorrer que é para todos, que ninguém desanime na caminhada, que ninguém seja excluído, precisamos de todos em espírito de verdadeira cooperação. A esta experiência podemos chamar-lhe de corresponsabilidade eclesial e pastoral, caminho sinodal.

Na fidelidade ao Espírito Santo  e atentos ao “sensus fidei”, iluminados pela Palavra de Deus, procuremos ao longo do Sínodo, que agora estamos a iniciar “encontrar caminhos sempre novos com criatividade e audácia” (CV 203), dar passos juntos, refletir juntos, programar juntos, para acolher na fidelidade ao Evangelho que não muda, a responsabilidade de na fidelidade criativa chegarmos a todos os destinatários e aos seus lugares, que  também precisam de se renovar com a graça do Senhor.

É importante sublinhar a “participação” de todos, mas sobretudo os fiéis leigos chamados a ter um papel vital em todo este caminho e processo sinodal. Todos juntos unidos no mesmo ideal, as crianças,  os adolescentes, os jovens, os adultos, os idosos e as famílias com saúde e esperança, com trabalho ou no desemprego, na escola ou na fábrica, no lazer ou no compromisso, na doença ou na provação, na pobreza ou na fragilidade, na migração ou emigração, com todos os refugiados e abandonados sejamos a verdadeira Igreja de Cristo com disponibilidade interior para acolher, dialogar, amar e “caminhar juntos” ao encontro das periferias que esperam por nós.

Temos de ser uma Igreja que serve à maneira de Jesus Cristo, interpretando o ícone do “Bom Samaritano” e dos “discípulos de Emaús” com os olhos fixos no amor de Jesus na Santíssima Eucaristia.

 

† António Luciano,
Bispo de Viseu
CategoryBispo, Diocese

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